terça-feira, 19 de abril de 2011

FILME SOBRE O REI JORGE VI

Acabo de chegar da "Estação Botafogo" . Satisfiz afinal o desejo de ver reproduzido na tela do cinema o drama cristão dos 7 monges trapistas que, na década de 90 do século findo, ofereceram a Deus suas vidas, em holocausto, em favor do povo de Argel, na África. Dois meses atrás, deixei neste nosso canto breve comentário sobre o gesto santo e heróico desses apóstolos dos tempos atuais. Fazia já mais de cinco anos que não punha os pés numa sala de cinema. Há dois meses, em São Paulo, meu filho conseguiu dobrar-me e que presente recebi dele, comovendo-me até às lágrimas diante do rei da Inglaterra se esforçando para aprender a falar em público, sem gaguejar. Lacrimejei, sim, mas explico-me, senão para quem me lê, pelo menos para meu mundo íntimo, surpreendido quem sabe!. E mais: desejo para você, quando atingir a minha idade, sinta os olhos umedecidos, quando reviver passados do tipo do que me foi dado ver sobre o Rei Jorge VI. Apesar de criança-adolescente, vivi com intensidade, à altura da idade e dos meios de comunicação da época, os mais importantes acontecimentos da segunda guerra mundial, um pouco pelo "repórter-esso" e outro tanto pelo jornal diário católico da arquidiocese de Belo Horizonte. Na minha minúscula aldeia, era eu o vendedor dele na rua. E estudando no Colégio do Caraça, de 1941 a 1946, além do "repórter esso", o papel higiênico disponível eram os recortes retangulares do Jornal do Comércio". E mais ainda: tal era nosso interesse em acompanhar a conflagração que formamos um QG, batizando-nos com nomes dos principais articuladores da guerra: Zucov (era eu), General Mascarenhas de Moraes, Patton, Eisenhower, REI JORGE VI, Montgomery, vencedor da Batalha de El-Alamein, etc. Daí a razão de minha emoção: assistindo ao filme do Rei da Inglaterra, paralelamente acompanhava meus dias no Caraça no tempo da guerra, 60 anos passados, numa unidade de épocas ultra distantes compondo um consórcio bastante emotivo, recheado de recordações que me subiram à tona da alma e da saudade. E de não se comover quem há-de? Eu sei que o filme dos 7 trapistas ficou só no desejo meu de comentá-lo.

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