quinta-feira, 7 de abril de 2011

CRISTO INAUGURA SUA IGREJA - 4

Foi no dia de PENTECOSTES que a IGREJA nasceu. MALEBRANCHE, oratoriano, metafísico francês (1638-1715), escreveu que Jesus, apenas entrado na glória no dia da Ascensão, abriu o cofre de suas "liberalidades". Suas máximas, a doutrina que seria o conteúdo da entidade que fundara ele já havia transmitido aos seus. Faltava apenas a apresentação oficial da nova sociedade religiosa. Para alguns entendidos, o natal da IGREJA se deu no DIA DE PENTECOSTES que marcaria a sua exteriorização, acentuando-se nela a instituição jurídico-social. Para outros, como Pio XII, ela nasceu no CALVÁRIO, colocando-se sua fundação sobre a Cruz, porquanto, dizem, só por sua morte "nosso Salvador foi feito Cabeça da Igreja no pleno sentido da palavra", quando se teria dado o ponto culminante do processo gradativo de sua fundação. Ela teria nascido como NOVA EVA do lado alanceado de seu esposo adormecido. O certo é que foi no dia de PENTECOSTES que Cristo enviou seu ESPÍRITO para que se compreendessem e se aplicassem as verdades que ensinara. Cristo havia plantado o embrião. Depois colocou uma primeira pedra, um rochedo, um alicerce, PEDRO, mas o monumento não podia ser inaugurado como habitação espiritual, sobrenatural, sem seu principal habitante que é o ESPÍRITO SANTO. Claro que os discípulos individualmente já possuíam esse Espírito, pois tinham o estado de graça. Não o tinham, contudo, como grupo, faltando portanto à IGREJA, à sociedade que se fundava uma alma própria, que seria o ESPÍRITO SANTO que Cristo prometera enviar. Com efeito, escreve o Padre Teixeira Leite Penido, o brilhante teólogo patrício, "o Senhor deu à igreja o poder de perdoar pecados, encarregou Pedro de apascentar o rebanho, dá aos 12 apóstolos a missão de doutrinar e batizar; em Pentecostes a Igreja se manifesta visivelmente com todo o esplendor. O ESPÍRITO SANTO ensina a verdade, dá força para se testemunhar esta verdade. Abrasa os corações de muito amor. Preliba-se a glória celeste". Note-se, porém, que o seu nascer sobre a cruz é a marca de seu caráter sobrenatural e invisível, bem assim como a sua vida crucificada através dos séculos. Os cristãos conjunta e individualmente só se salvam pela CRUZ de CRISTO e o reviver em si da PAIXÃO DE CRISTO.

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