quinta-feira, 7 de abril de 2011

ALÔ, ALÔ, REALENGO!!! AQUELE ABRAÇO!!!

Não te zangues, CHACRINHA, se te tomo de empréstimo esse bordão que te marcou tantos anos nas domingueiras tardes cariocas e que hoje solfeja meu espírito! ALÔ< ALÔ< REALENGO!!! AQUELE ABRAÇO!!! Por mais profundo tenha sido teu amor e paixão pelo REALENGO, nunca por certo pensaste que no dia 07/04/11 tão depressiva tragédia me acorreria numa presteza sem intervalo de tempo entre a notícia infausta e a voz característica tua, brandindo no ar um metro de bacalhau, e salmodiando teu preferido bordão. ALÔ,ALÔ, REALENGO!!! Roubou hoje teu bairro cem por cento dos olhares curiosos e aflitos e solidários de teus patrícios cariocas e alienígenas, transformando-te no centro de sua incontida e misteriosa e silenciosa estupefação diante do que a mídia nos feria os ouvidos e nos ofuscava os olhos, congelando-nos a capacidade de sequer balbuciar as emoções. ALÔ, ALÔ, REALENGO!!! AQUELE ABRACO!!! Abraço neste final do dia mais triste para vós, pais e mães, irmãos e avós, parentes e amigos dos "brasilerinhos e brasileirinhas", promissoras e primaveris existências prematuramente colhidas pela divina Providência, que jamais ignora as razões do que faz, ou vitimadas inocentemente, o que nos abre lacunas doridas e nos deixa na companhia de uma saudade lacrimejante no canto dos olhos. ALÔ, REALENGO, ALÔ! Aquele abraço-guarda-chuva, de solidariedade, da dimensão dos contornos de teu bairro, que te quer dar esta cidade que hoje caiu em tristeza sem tamanho, e que te deseja uma noite de PAZ, de confiança em Deus que em tudo que nos ocorre é sempre o PAI NOSSO QUE ESTÁ NO CÉU.

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