terça-feira, 13 de outubro de 2009

Visita com atrazo

Dia 11/10/09, domingo, encontrei fincadas num vasinho da sepultura da Léa Maria as duas rosas que no dia 03/10/09, aniversário do Tuca, ali deixara. Duas surpresas: encontrei-as ainda, murchas embora, convencendo-me assim que faço mau juízo, quando julgo que quase tudo que se leva aos mortos mãos  reais mas invisíveis surripiam. Outra surpresa: falava com nossa amiga distante (a verdade é que está agora muito mais perto de nós, em outra dimensão, é claro!), quando descubro a uns 30 metros, sobrevoando uma imagem de Cristo de braços abertos um casal de borboletas grandes, de um colorido amarelo claro, realçado por um sol quente matinal, circunvolando uma penca de rosas vermelhas em volta do ícone. Lembrava a Léa Maria a misteriosa apariçào da borboleta  na varanda de nosso rancho em Petrópolis há um mês, com o número 80 bordado nas asas, e de repente o sorridente casal levanta um voo ziguezagueante e certamente nupcial, visào que de novo me trouxe o que há dias pensei. Se já gostava de visitar os cemitérios, muito bem mais motivo tenho agora de predileção pela sua companhia. É que ali se acha, aguardando a ressurreiçào, o casulo donde se desprendeu a borboleta que os anjos faz onze meses em leito de rosas e coroas gotejando saudades conduziram até o trono do Pai que  muito nos ama. Continue a dormir o sono da paz, Léa Maria!  

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