quarta-feira, 27 de março de 2013
CATOLICISMO CULTURAL
Uma pesquisa feita pelo DATAFOLHA parece consolidar (na opinião da FOLHA, 27/03/13) a impressão de que os católicos brasileiros apresentam na prática uma discordância entre o que a Igreja ensina e o que seus membros pensam ou não aceitam. Daí concluirem que no país "católicos são os mais liberais entre religiosos". Aliás, não seremos nós o único país a dividir os membros da Igreja Católica em "praticantes" e "não praticantes"? A pesquisa, para justificar sua opinião, esclarece que entre os membros das igrejas cristãs, 41% dos católicos aceitam a chamada "união homossexual", número este que só não é maior que o registrado entre os espíritas (64%) e os adeptos da umbanda (53%). Curioso ainda é o resultado obtido na pesquisa, quando se quer saber a opinião dos católicos no tocante à possibilidade de as mulheres poderem exercer o múnus sacerdotal (celebrar missa, confessar, etc.); são favoráveis 64% dos católicos, quando os evangélicos pentecostais são apenas 56% e os não pentecostais 58%. Na pesquisa chamou-me bastante a atenção a observação que transcrevo: "Um primeiro aspecto importante provavelmente é o simples gigantismo da Igreja Católica no Brasil. O "catolicismo cultural", O HÁBITO DE BATIZAR OS FILHOS E IR À IGREJA APENAS PARA CASAMENTOS E FUNERAIS, ainda é uma força considerável, embora esse tipo de católico esteja virando evangélico ou "SEM RELIGIÃO" com frequência cada vez maior!" Como fazer frente ao crescimento no Brasil desse "CATOLICISMO CULTURAL"? Assunto, preocupação, objeto da primeira ou das primeiras mensagens dirigidas às paróquias de sua diocese pelo bispo negro de Mariana, DOM SILVERIO, substituto de DOM ANTONIO VIÇOSO, no fim do século XIX. Num dos próximos blogues voltaremos ao assunto.
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