segunda-feira, 18 de março de 2013

NO DIA DA POSSE DE FRANCISCO

"Nossa vocação é percorrer não somente uma paróquia ou uma diocese, mas toda a terra, abrasando os coraões  dos homens, como fez o Filho de Deus que diz: "Vim trazer o fogo à terra, e que quero eu senão que se abrase?" Queria ver os seus filhos impelidos pelo amor do próximo, desejando ir até ao fim do mundo. "Sereis  edificados sabendo que há entre nós anciãos enfermos,  desejosos de serem enviados à Índia. Donde lhes vem tal desejo e tal coragem?  Da liberdade do coração; estão dispostos a ir para onde Deus for servido mandá-los,  nada nos prende aqui,  senão a vontade de Deus".  Até onde devemos levar a caridade? Até ao sacrifício completo de tudo. "Devemos amar a Deus, afirma o ardente Pai dos Pobres, à custa de nossos braços e ao suor de nosssos rostos. Devemos ajudar o próximo com risco de nossos bens e de nossa vida.  Quão felizes seremos se  nos tornármos pobres  por ter exercido a caridade a bem dos outros! Sim; se Deus permitisse  que fôssemos reduzidos à necessidade de mendigar o pão de cada dia ou de nos deitar junto a um muro, esfarrapados e tranzidos de frio, e alguém perguntasse  a cada um:  Pobre padre da Missão, quem te reduziu a este estado?  Que felicidade, meus padres,  podermos responder: Foi a Caridade! Como seríamos estimados diante de Deus e dos homens!" Assim se expandia a alma de São Vicente, deixando escapar, em frases candentes,  a sua santidade,  condensada durante oitenta anos. A sua alma, prestes a sair do corpo,  parecia mais iluminada e irradiava luz santificadora sobre os seus discípulos. Estes o rodeavam , ávidos de não perder uma só palavra e nenhum dos gestos do santo fundador, semelhante aos discípulos de Emaús, quando Jesus ressuscitado lhes arrebatava os corações ( "São Vicente de Paulo", padre Jerônimo Pedreira de Castro, C.M. p. 389/390).

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