quarta-feira, 13 de março de 2013

5 - PROGNÓSTICO ENGANOSO DE FAVORITISMO

Pela quinta vez voltamos a focalizar a eleição do novo papa, agora reproduzindo artigo do jornalista credenciado no Vaticano, JEAN-MARIE GUÉNON, do jornal Le Figaro, publicado no dia 10/03/13. TRATA-SE DE ENGENHOSA ANÁLISE DO QUE SE PASSA NO CONCLAVE ORA EM ANDAMENTO. EIS A TRADUÇÃO DO ARTIGO: "TRÊS FORMAS DE SE ENGANAR COM CERTEZA!"Os prognósticos para a eleição do novo papa seguem-se na samena e se assemelham. A experiência dos conclaves precedentes demonstra a fragilidade das previsões. O indigesto 2013 é a esse respeito mais aberto que nunca o foi. Contudo, eis SETE maneiras pelas quais alguém pode ser induzido em erro com certeza. 1 - JULGAR O SEU CANDIDATO FAVORITO COMO O PROVÁVEL VENCEDOR. Não é a máxima tradicioal "quem entra papa no conclave dele sai cardeal" que é o determinante da derrota do potencial vitorioso, mas, sim, trata-se de uma simples lei matemátia: um candidato pode obter 40 votos sobre 115 no primeiro escrutínio, portanto uma maioria relativa, permanecendo longe dos 77 votos necessários para se eleger. Dois casos como exemplos: como em 2005 aquele que obteve esse tipo de escore o confirmou no segundo e terceiro voto ele voou para a vitória. Como em 1978 dois candidatos obtiveram no primeiro escrutínio um escore sensivelmente igual, que se confirmou no segundo e terceiro escrutínio, houve o bloqueio, um e outro perderam. Opção provável desta vez. Não se pode mais subestimar que a promoção de um nome, antes da entrada no conclave, é a melhor maneira muitas vezes de eliminá-lo e de que jamais nada seja inocente na questão. 2 - APLICAÇÃO DE RECEITAS dos PRIMEIROS CONCLAVES. Conclave algum se assemelha. O condicionamrnto histórico, os problemas existentes na Igreja, os homens, são muito diferentes. Os modelos de votação de 1963 ( PAULO VI), 1978 (JOÃO PAULO PRIMEIRO E JOÃO PAULO SEGUNDO), de 2005 (BENTO XVI) E MAIS ANTIGOS AINDA tiveram CADA UM UMA ALQUIMIA PRÓPRIA. Seria rigorosamente irracional a aplicação de tais esquemas do passado como meios de se predizer o futuro! 3 - RACIOCINAR COM TERMOS NACIONAIS OU CONTINENTAIS. Seria uma grande tentação. Assim, desta vez, o "soi disant bloco dos italianos", 28 eleitores, que fariam a lei na capela sistina, conjugado à "soi disant vontade dos eleitores de retomar o lugar perdido desde 1978". Eis um papa italiano já eleito, O CARDEAL SCOLA... para não ser nomeado. Mesmo que recolhesse 40 votos como afirma a imoprensa italiana no primeiro turno, faltar-lhe-iam 37, o dobro, para ser eleito. E se alguns italianos tivessem se aliado ao seu inimigo de ontem, e outros cardeais da península jamais votassem em favor dele. O mesmo se pode dizer do bloco dos americanos: os cardeais dos Estados Unidos são 11 eleitores, mas estão longe de constituir uma só voz. 4 - ENTRAR DE QUALQUER MANEIRA UM CANDIDATO EXÓTICO. Seria preciso, então, o apoio de um latinoamericano ou de um africano ou de um asiático! Donde viria esse "imperativo categórico ideológico geopolítico? Não seria de eficácia alguma na mentalidade dos votantes. Precisamente porque essa assembleia de 115 literalmente internacionais (64 nacionalidades) e intercontinental, não procuraria um homem de determinada cultura, mas simplesmente um homem suficientemente livre de sua própria cultura nacional capaz de abraçar todas as culturas do mundo (continua no próximo blogue e termina o artigo de JEAN-MARIE GUÉNON).

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