domingo, 3 de março de 2013

SANTA-SÉ SOB FOCO ABSOLUTO - 2

Segunda parte do artigo de JEAN-MARIE GUÉNON sobre o Vaticano, saído no blogue anterior. As três palavras que BENTO XVI renunciante desenvolveu desde 11/02 foram: "Cada uma das 3 palavras da mensagem de Bento XVI têm cada uma um sentido literal preciso. Mas têm também uma significação inconsciente, como a sombra de um objeto ensolarado o define por vezes melhor que a sua face mais exposta ao sol. PRIMEIRA MENSAGEM: O ENFRAQUECIMENTO FACE À FUNÇÃO. ESPECIALISTAS DE RECURSOS HUMANOS OU DE EMPRESAS, OS EXPERTS EM GOVERNANÇA E POLÍTICA APRECIAM a amplidão e o desapego desse ato de renúncia de Bento XVI face ao PODER. Mas seu sentido profundo não se encontra em seu aspecto mundano. Está na visão mesma do cargo clerical e papal. BENTO XVI demonstrou que ele não pertence a quem o recebeu nem mesmo àqueles que votaram em favor do eleito. Julgavam-no divino, mas eis que caducou. Canonistas e outros especialistas da Igreja discutirão entre si indefinidamente. Os prelados vaidosos o levarão em consideração pela sua competência. Que exemplo cristão, se fosse o caso! SEGUNDA MENSAGEM: A NATUREZA DA IGREJA. Bento XVI o disse em todos os tons. Ela não é uma oganização ou uma construção concebida e testada em laboratório. O papa não faz oposição entre espírito e estrutura, mas pensa que a parte estrutural da Igreja depende funcionalmente de seu ser espiritual. Se este último se resseca, seu corpo se calcifica.Os sepulcros caiados denunciados por Cristo não estão longe, estão mesmo ali, visíveis. Quanto mais dourados e de estilos barrocos, com ou sem colarinhos romanos, são esplêndidos mas frios como o mármore e vazios como tímbalos qu ressoam. A questão que me coloco desde 3 semanas e o porquê desta insistência do "posteriori"- papa emérito - a respeito do assunto. O papa afirmou com diferentes termos por ocsasião de suas últimas audiências, diante da multidão e dos cardiais. A Igreja Católica estaria correndo o risco de perder sua substância espiritual? E por quê? (no próximo blogue parte final do artigo de JEAN-MERIE GUÉNON).

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