sábado, 15 de outubro de 2011

VOCÊ CONCORDA?

Nos meus encontros diários com autores de "Memórias", de Diários, de Autobiografias, observações há que me fazem pensar. N0 seu "POURQUOI SUIS-JE MOI" Julien Green escreve que, no dia 19/02/1995, paticipou da missa celebrada pelo amigo norueguês Padre Kjell Pollestad. Impressionado pela beleza do texto EM LATIM naquele domingo da Sexagésima, lançou no papel o seguinte: "A beleza do texto nessa língua me encantou. Sem pestanejar, pude mensurar as riquezas que perdemos nos ANOS SESSENTA (do século passado). Um público iletrado era agraciado apesar de inconsciente ("malgré lui") de algo inapreciável: UM CERTO SENTIDO DO MISTÉRIO. ATUALMENTE ELE COMPREENDE (?), mas...e daí? Não afirmo que ele, o público, não tenha tirado disso algum proveito, mas não faz mal levantar a dúvida! O Padre Kjell nos devolveu a missa de meus primeiros anos de catolicismo ( Green converteu-se ao catolicismo aos 17 anos) : atrás das palavras em latim eu senti uma presença, ousaria dizer uma presença perdida".
E no dia 14/11/1995, no mesmo livro, GREEN recorda "que o PAPA pede à Igreja que se arrependa, convocando-a a uma atualização do Martirológio Cristão compreendendo ortodoxos, anglicanos, protestantes. Nada a declarar ou tudo a repetir! Os protestantes que contei entre meus ascendentes foram por sua vez alguns perseguidos e outros perseguidores. E ademais a fé católica é a única totalmente verdadeira? As outras fés religiosas ou declarações de fé religiosa são ou parcialmente verdadeiras ou parcialmente errôneas? Por que levantar um problema que não faz senão desencadear oposições sem fim entre os cristãos?" Infelizmente não dispondo de meio de um acesso ao tal pedido de arrependimento feito pelo Papa, confesso que necessitária de um esclarecimento do que no caso escreveu Julien Green. Prometo empreender algo a respeito. Quanto à supressão do uso da língua latina na liturgia católica, foi ele permitido por Bento XVI aos membros da Fraternidade São Pio X na celebração da Santa Eucaristia.

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