terça-feira, 11 de outubro de 2011

NOTÍCIAS DO VATICANO

O comentarista do LE FIGARO, JEAN-MARIE GUÉNOIS, comunica-nos que, dentro de alguns dias, precisamente no dia 27 de outubro, o Papa BENTO XVI irá a ASSIS, Itália, para celebrar o vigésimo quinto aniversário do Primeiro Encontro Interreligioso de Oracão pela Paz. Abraçado pelo Papa João Paulo II,o movimento inquietara os meios católicos, a começar pelo próprio cardeal RATZINGER, então Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé que, em linha reta com o Documento "Dominus Jesus", pensava de acordo com o texto referido que reafirmava a primazia do Cristo e da Igreja Católica em prejuízo, aliás, dos protestantes; Ratzinger via no movimento o risco de uma tendência sincretista: mistura das religiões onde tudo faz crer tratar-se de assunto considerado no mesmo plano. Atualmente uma corrente católica se alegra de ver o Papa Bento XVI acompanhar os passos do falecido João Paulo II no caminho árduo do diálogo interreligioso. Em contra partida, levantam-se os integristas formulando críticas acerbas diante do episódio, julgando um sacrilégio a atitude de Bento XVI rebaixando-se ao nível das outras religiões! Outra corrente mais moderada poderia estar decepcionada diante da imprudência de Bento XVI imiscuindo-se num movimento de tal natureza e como tal. Para os simpatizantes dessa ala, tratar-se-ia de um diálogo, sem dúvida simpático no seu espírito, mas sem resultados teológicos sérios!. Entre os que assim julgam, porém, há alguns que estão seguros, no caso, da reafirmação delicada mas clara da preeminência da Revelacão Cristã sobre as demais religiões. Numa visão mais liberal do referido movimento estão aqueles que, longe de se espantarem, vêem no propósito de Bento XVI não tanto um diálogo interreligioso mas entre culturas oriundas dessas religiões: nuance, sem dúvida, importante!

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