terça-feira, 20 de setembro de 2011

MOSTEIRO DE MACAÚBAS = MG

O MOSTEIRO DE MACAÚBAS, localizado na cidade histórica de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, viveu sábado passado, dia 17/09, uma noite de encanto e de emoção. Foi o retorno ao seu trono de honra da imagem de NOSSA SENHORA DE LOURDES, peça francesa do século XIX, por 4 meses ausente para restauração. Aberta a igreja, luzes apagadas, descerrou-se uma cortina azul-claro de pétalas de rosas , que escondia no altar a imagem de 1,65 de altura, integrante do acervo desde 1892. Na ocasião comemoravam-se os 500 anos de aprovação da Regra da Ordem da Imaculada Conceição, fundada por Santa Beatriz da Silva Menezes a que pertencem as freiras do Mosteiro de Macaúbas. Este mosteiro, inicialmente uma Casa de Recolhimento, tornou-se depois o PRIMEIRO COLÉGIO FEMININO de Minas Gerais, tendo sido nele educadas as filhas do fundador, o alagoano FÉLIX DA COSTA, no início do século XVIII. A tomada de posse do Mosteiro por NOSSA SENHORA DE LOURDES deveu-se ao padre lazarista ou vicentino JOÃO BAPTISTA CORNAGLIOTTO, de TURIM, um dos cinco lazaristas obtidos pelo bispo de MARIANA, DOM ANTONIO VIÇOSO, que aportaram ao Brasil em 1849 juntamente com as primeiras IRMÃS DE CARIDADE que pisaram o solo nacional. O Padre CORNAGLIOTTO era então superior do Seminário de Mariana. O MOSTEIRO DE MACAÚBAS, a 15 kl. do Centro Histórico de BH, e que merece uma visita, fala-me de modo especial ao coração pois nele foram educadas e se formaram as três sobrinhas do PADRE TRIGUEIRO que, criando o COLÉGIO TRIGUEIRO, a uma delas, ADELAIDE, por nós, seus alunos, só conhecida por SÁ MESTRA, dirigiu o educandário de 1902 a 1946. O PADRE TRIGUEIRO "trabalhou na cidade mineira de BONFIM como incansável operário de Deus e de sua gente e até hoje é reverenciado e admirado por muitas gerações que reconhecem a grandeza de seu trabalho humanitário, social, cultural e religioso ("MUSEU DE CABECEIRA BONFIM/MG", por RENATO TRIGUEIRO, pg.77). Que pena não se ter cultivado em minha terra natal o amor ao que até hoje deveria testemunhar um passado indelével! Onde a antiga cadeia de Bonfim? E a "distribuidora"? E os chafarizes ao lado da igreja e da Rua de Baixo? E as peças de braúna que vi ainda, menino, no "MORRO DA FORCA", instrumento de execução de tantos escravos, pelas mãos de um carrasco, o conhecido "funcionário público" FORTUNATO", que se vangloriava de receber em Bonfim o mais substancioso salário pelo trabalho executado? E a capela do Senhor dos Passos, substituída por um "pirulito"? E o sobrado do Cleveland, meu pai? Senhor do Bonfim, não permita que caia ou que ponham abaixo a Fazenda da Palestina! Escorai-a, suplicamo-vos, até que surja um mecenas que a apadrinhe!

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