quarta-feira, 28 de setembro de 2011

29/09/1941 = 70 ANOS DE CARAÇA + ADOLESCÊNCIA

Amanhã, 29/09, 70 anos de entrada no CARAÇA do Castro, do Gauthier, do Zé Franco, do Ganso (Batista), do Trindade e de JAIR BARROS. TE DEUM LAUDAMUS! Deve viver mais alguém da turma por esses brasis afora, mas não localizamos. Não consigo esquecer o que ouvi do Padre Cruz, diretor do Colégio, ao me receber: "Ei, seu inglês disfarçado!" His dictis, no penúltimo blog eu, como tantas outras criaturas, em vão lamentava não atinar com a causa do episódio do garoto de 12 anos que atirou na professora em São Paulo. Lembrei-me, contudo, de um livro Ä CRISE DO ADOLESCENTE", que me acompanha faz uns 40 anos, onde recordei algo de que pinço umas ideias aqui transcritas. Os autores concordam em que a ADOLESCÊNCIA se coloca mais ou menos entre os 11 ou 12 anos e os 17 ou 18 anos. CARACTERÍSTICAS: a SINGULARIDADE, porque não pode ser colocada em paridade absoluta com as demais idades do homem; dessa idade dependem as demais idades dO homem, idade que faz com que tudo aquilo que nela fazemos fique gravado para a vida inteira na consciência ou na subconsciência; a PLASTICIDADE, idade em que a natureza é mais capaz de receber uma forma para toda a vida, idade da permanência, daquilo que se adquire, idade da formação, em que nascem os primeiros sintomas da racionalizacão, idade em que começa a formar-se a nossa personalidade, a adolescência é plástica, mas não líquida: as impressões aí não passam rapidamente, as marcas ficam; a INQUIETAÇÃO, porque muitas coisas se tornam interrogação; idade dos contrastes, da imitação, ou para o bem ou para o mal ;a idade da REVOLTA , da reação contra o meio, surgindo o sentimento da contradição. Daí dizer-se que sendo a família aberta, solidamente constituída, aí se terá a condição fundamental para que a reação do adolescente para com o meio se resolva naturalmente. A família fechada provoca uma falsa submissão, a família mundana traz a dissolução, a entrega do adolescente aos azares da vida. Sempre existe um estado de tensão contínua, de emulação entre o adolescente e a família, pois se trata de uma idade em que a consciência da personalidade e portanto o espírito de independência são naturais. A independência traz consigo um estado natural de indocilidade. E muitas vezes existe da parte dos pais frequente incompreensão da psicologia do adolescente. Costumamos nós pais ver sempre em nossos filhos a criança, a ver nossos filhos em estado de infância. Não há nada que fira mais um adolescente do que ser tratado como criança, como alguém que não tem personalidade. O adolescente deve ser tratado não como um objeto mas como um ser responsável. Não se faz um discípulo ou um filho como o escultor faz uma estátua. Sócrates tinha um método de fazer com que os homens descobrissem a verdade por si próprios, que eles compreendessem a verdade de dentro para fora. Ainda voltarei ao assunto.

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