quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MAILLOT DE BANHO ISLÂMICO

JEAN-MARIE GUINOIS, comentarista do LE FIGARO (tweet), no dia 08/07/11 teceu observações dignas de meditação, a respeito da proibição pelo prefeito da cidade de DOUAI (Nord), impedindo o acesso à piscina municipal de uma religiosa, porque ela usava "maillot" de banho, dito "islâmico", portanto inteiriço. O pretexto era de que essa veste não está de conformidade com a legislação local sobre higiene. Proibição essa que incide também sobre as pessoas que venham a usar na mesma piscina e em muitas outras as "bermudas de banho". JEAN-MARIE declara que, tendo imenso respeito pela referida religiosa de DOUAI, seu ponto de vista não se refere às mulheres e especificamente à religiosa acima citada. Ele faz questão de confessar que tem profundo respeito pela sua fé e pelos preceitos de sua religião. Entretanto, não compreende a existência de tais preceitos e, sobretudo, a visão a respeito do corpo que eles veiculam. Não que se trate de cair no excesso inverso, do tudo ou nada, de uma quase nudez. Apenas se exige uma reflexão sobre o estatuto do corpo. Para JEAN-MARIE nenhuma religião, nesse domínio, tem lição alguma a dar-nos. Nem mesmo a religião da Encarnação, o Cristianismo. Esta reivindica atualmente uma "reconciliação" com o corpo, mas sua visão é ainda prisioneira de uma cultura jansenista e de desprezo pelo corpo. Porque todo o problema se relaciona com a alma que seria a bela cativa do corpo. No final de suas considerações, JEAN promete voltar ao assunto que causa um "frisson" na laicidade, mas que tem suas raízes numa visão antropológica. Diz que oportunamente continuará a pensar sobre a matéria, tendo em vista a visita do Dalai Lama a Toulouse e enquanto se aguarda o encontro do Papa Bento XVI com os jovens em Madri.

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