quinta-feira, 16 de setembro de 2010

" STABAT MATER DOLOROSA"

 "Stabat Mater dolorosa - Juxta crucem  lacrimosa - Dum pendebat Filius! "DE PÉ A MÃE DOLOROSA, JUNTO DA CRUZ, LACRIMOSA, VIA JESUS QUE PENDIA! Eis o comentário, feito por São Bernardo, autor da oração "Lembrai-vos, ó piedosíssima  Virgem Maria", da primeira estrofe do Hino dedicado à Virgem Nossa Senhora das Dores e anualmente rezado  no dia 15/o9/ nos ofícios litúrgicos da santa Igreja:  "O martírio da Virgem  é mencionado na profecia de Simeão, quanto no relato da paixão do Senhor. ESTE foi posto como um sinal de contradição; e sobre MARIA: e uma espada traspassará tua alma! Verdadeiramente, ó santa Mãe, uma espada traspassou tua alma.  Aliás, somente traspassando-a, penetraria na carne do Filho. De fato, visto que o teu Jesus - de todos certamente, mas especialmente teu - a lança cruel, abrindo-lhe o lado sem poupar um morto, não atingiu a alma dele, mas ela traspassou a tua alma. A alma dele já ali não estava, a tua, porém,  não podia ser arrancada dali. Por isto, a violência da dor penetrou em tua alma e nós te proclamamos, com justiça,  mais do que mártir, porque a compaixão ultrapassou a dor da paixão corporal. E pior que a espada traspassando tua alma não foi aquela palavra que atingiu até a divisão entre a alma e o espírito: "Mulher, eis aí teu filho?" Oh! que troca incrível! João, mãe, te é entregue em vez de Jesus, o servo em lugar do Senhor, o discípulo pelo Mestre, o filho de Zebedeu pelo Filho de Deus, o puro homem em vez do Deus verdadeiro. Como ouvir isto deixaria de traspassar tua alma tão afetuosa, se até a sua lembrança nos corta os corações, tão de pedra, tão de ferro? Não  vos admireis, irmãos, que se diga ter Maria sido mártir na alma. Poderia espantar-se quem não se recordasse do que Paulo afirmou que entre os maiores crimes dos gentios estava o de serem sem afeição. Muito longe do coração de Maria tudo isto; esteja também longe de seus servos!  Tu quem és ou donde tua sabedoria, para te admirares mais de Maria que compadecia, do que do Filho de Maria a padecer? Ele pôde morrer no corpo, não podia ela morrer juntamente no coração ? É obra da caridade: ninguém a teve maior! Obra de caridade também isto: depois dela nunca houve igual!"

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