sexta-feira, 17 de setembro de 2010

NOSSA SENHORA DE LA SALLETE - 19/o9/1846

No dia 19/09/1846, na aldeia de La Sallete, junto dos Alpes, no sul da França às 3 horas da tarde duas crianças, Melânia, de 15 anos, e Maximino, de nove anos, vigiavam o rebanho que pastava sob um sol muito quente. De repente viram uma senhora muito alta, vestida de longo, grande avental, de touca, com uma coroa de rosas de ouro na cabeça, sentada numa pedra, chorando com os cotovelos apoiados na pedra e cobrindo o rosto com as mãos. Aproximando-se dela as crianças, primeiro ela falou em particular com Melânia, e depois com Maximino. Entre as palavras dirigidas aos dois videntes, ela se queixou da negligência do povo em não dedicar a Deus o sétimo dia da semana. Ensinou-lhes o que era preciso que o mundo fizesse para não perecer: "Se meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar agir o braço do meu Filho!" Com essa aparição da Mãe de Jesus, surgiu entre membros do alto e baixo cleros, na época, certo mal entendido, certamente pela mensagem que lhes dirigiu ao pedir às duas crianças  lhes transmitissem: " Peço-vos, meus muito queridos filhos,  que não desprezeis minha Mensagem. É o meu último  esforço  para salvar o rebanho de que sois os pastores e de que vos serão pedidas severas contas. Vós que tanto recebestes de meu Filho, ocupando até mesmo seu divino lugar, vós que deveríeis ser santos!, como podereis deixar de chorar comigo, batendo em vossos peitos?!"  É dentro desse contexto que temos os dizeres do escritor francês católico Léon Bloy, autor de "Celle qui pleure", ao afirmar: "Asseguram-me que Pio X era particularmente devoto da Sallete e que considerava Melânia como uma santa. Se nada fez por ela, é que, por certo, temia, como inevitável, um cisma. Para ele o segredo de Melânia era a própria Palavra da Santa Virgem".  Para melhor se inteirar  da aparição de Nossa Senhora da Salete, uma consulta ao livro "Celle qui pleure" de Léon Bloy ( 1846-1917) que "não se fazia de rogado, segundo Octavio de Faria, para repetir essa profissão de fé que me parece a chave de toda a sua atormentada existência: "SÓ  HÁ  NO  MUNDO  UMA  TRISTEZA, A  DE  NÃO  SERMOS  SANTOS!"  

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