terça-feira, 21 de setembro de 2010

PADRE JÚLIO MARIA

Conhecida a biografia do PADRE JÚLIO MARIA, sabe-se que, com seus escritos e conferências e pregações brotados de autêntica piedade, logo assumiu a Igreja no país posição de vanguarda, de aceitação do mundo moderno, abandonando o bolor das sacristias, sacudida pela divina Providência, através da  voz  de Júlio Maria na qualidade de um reformador social. Chegara ele à conclusão de que aos católicos faltava a disposição para o combate.  Vivendo a nação num regime de liberdade, dele o clero não se valia para combater  a devoção mórbida, sem virilidade cristã, pregando mesmo  que "tão degenerado está o culto externo, tão profanadas andam as cerimônias da Igreja que, parece, nada concorre mais para o endurecimento dos ímpios e a pertinácia dos incrédulos que certas festividades de nossos templos". Ressentia-se profundamente nos fiéis a ignorância da doutrina cristã. Por ausência de uma competente, eficaz doutrinação,  grande parte deles  não tem ideia do que crê e professa. "Absorvida a maioria do clero nacional ou por agitadas preocupações mundanas de posição, riqueza, prazer ou pelas simples exterioridades das festas religiosas, dizia ele, as paróquias brasileiras não podem continuar nesse estado". Daí, sua conclusão: "O ensino, eis o grande remédio, a grande necessidade do momento.
 A ignorância da religião, eis o inimigo. A doutrinação, eis a grande arma apostólica". Não se conformava com o comodismo do clero, com a vulgaridade dos católicos, com o indiferentismo religioso. Foi entre nós um precursor do movimento da Ação Católica de que se valeu Pio XI, poucos anos depois, para despertar da letargia, da prática de um catolicismo formalista, sem conteúdo cristão, aqueles batizados que já na época eram chamados de católicos não praticantes, uma aberração inominável.  Com  razão e justiça o Papa São Pio X  considerava o Padre Júlio Maria como o missionário brasileiro do início do século XX.

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