segunda-feira, 6 de setembro de 2010

DURA LEX SED LEX

Narra  um dos cronistas da "Folha" de hoje, 06/09/10, A2 opinião, o episódio em que se viu metido há pouco, quando se preparava para tomar um avião no aeroporto Santos Dumont.  Depois que sua bagagem de mão transpôs aquele túnel misterioso da esteira de raios- X, a funcionária lhe perguntou se na bagagem havia algum objeto perfurocortante.  Num átimo, passou em revista um a um todos os pertences que costumava jogar  na bolsa, quando devia trabalhar fora da capital. Com certa facilidade, vislumbrou bem solteirinho escondido no fundo da mochila  "o popular trim, comprado num camelô do Catete, em 1991". Proibido de levá-lo, de duas uma: ou comparecer no balcão para o devido despacho, ou descartá-lo numa caixa para tal fim". Há três anos em idêntica circunstância minha esposa passou por semelhante estorvo. Questionada, a custo lembrou-se que levava na bolsa uma faquinha. Não podia levar. Ou despachava ou se desfazia dela. Provou por  A e B que comprara a faquinha na Alemanha, que nunca encontrara outra tão a jeito como aquela para cortar frutas, que não era justo que a privassem dela. Numa palavra: vendo já um felizardo na posse de sua idolatrada companheira de turismo, entregou o objeto e rumamos para o embarque. A faquinha, porém, jamais lhe saiu da saudade. Comento aqui este fato, porque hoje mesmo, tomando um ônibus em Petrópolis com destino ao Castelo, observei, e bote vezes nisso, que o funcionário encarregado de aplicar o raio X nas bolsas do passageiro ou passar-lho em volta (que escrever custoso, santo Deus!), permanece com a pazinha de matar moscas em doce tranquilidade, ou nas costas ou suspensa no ar, enquanto o motorista, vai recebendo as passagens,ambos num bate-papo tranquilo. E a fiscalização por onde anda? Será mesmo exato o que dizem: que as leis no Brasil são feitas para não serem cumpridas? Com a palavra as dignas empresas de ônibus responsáveis pelo transporte de passageiros de Petrópolis para o Rio e vice-versa.

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