quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EDUCAÇÃO CÍVICA DA INFÂNCIA

"A  EDUCAÇÃO   CÍVICA  DA   INFÂNCIA   -   ONTEM, HOJE, AMANHÃ   -    é o problema  que mais de perto entende com a concretização da nossa nacionalidade.  Um povo só pode verdadeiramente ter a consciência de sua nacionalidade, quando se orgulha de seu passado e de suas tradições  -  o que só se dá, desde o momento em que esse povo conheça os passos de sua história, possua cultura bastante para aferir o valor de seus herois, e se inspire nos grandes lances que heroificaram a seus avoengos.  O passado de um povo é fonte inesgotável de ensinamentos e estímulos. Os livros educativos da infância  têm de ser a um tempo repositórios de ensinamentos morais e cívicos: se aqueles educam, estes instruem; se uns formam o homem, outros preparam o cidadão; se uns plasmam o  caráter, outros afeiçoam o espírito; se uns habilitam o indivíduo para a sociedade, outros o arregimentam para a nação.  A literatura infantil, mais do que qualquer outra,  tem o estrito dever de ser sadia e forte, e, sobretudo,  de ser nacional, local, regional.  Nisso, mais do que em qualquer outro passo, deve um povo ostentar a nota de  uma personalidade própria. O assunto, o tema, o estilo, tudo terá de ser nacional, inconfundivelmente nacional. Dar às crianças livros nesse gênero é nacionalizá-las desde logo, é forrá-las da condição étnica decisiva  -  o amor ao que é seu, o apego ao passado de sua história, o orgulho de sua raça, a consciência de sua nacionalidade, a absoluta confiança no futuro da Pátria!" ("Historias da Terra Mineira", Prof. Carlos Góes, edição 1920). Livro em uso na escola primária de minha infância na década de 30/40 do século passado nas Gerais.

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