quarta-feira, 4 de março de 2015

MENSAGEM  DO  NATAL  DE  1940

Muito gravados na mente e na alma os dois primeiros anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).  De possa ainda de alguns exemplares do "O  DIÁRIO", jornal católico de Belo Horizonte,  eu os vendia nas ruas De Cima e De Baixo na cidade em que nasci, que saudosos minutos  de leitura, por exemplo, das enciclícas primeiras do então recente papa PIO XII (1939-1958). Aqui transcrevo a "Exortação à Oração" da Mensagem do Natal de 1940: "No momento por todos desejado, a juízo humano ainda imperscrutável,  em que se calarão as armas, e se inscreverão nos parágrafos do tratado de paz os efeitos deste gigantesco conflito, Nós desejamos que a humandade, e aqueles que lhe abrirão os caminhos do progresso,  estejam tão amadurecidos no espírito e sejam de tal capacidade de ação que aplainem o terreno para o advento duma sólida, verdadeira e justa nova ordem. São os pressupostos indispensáveis para tal nova ordem: A vitória sobre o ódio que hoje divide os povos; a Vitória sobre  a desconfiança que pesa e oprime  o direito internacional, "Justitiae soror incorrupta fides", fidelidade na observância  dos pactos;  a Vitória sobre o funesto princípio  de que a utilidade é a base e a  regra dos direitos, que a força cria o direito; a Vitória sobre aqueles germes de conflito que são as divergências no campo da economia mundial; a Vitória sobre o espírito de frio egoísmo, o qual , confiado na força,  facilmente acaba por violar não menos a honra e a soberania dos estados do que a justa, sã e disciplinada liberdade dos cidadãos. Possam os espíritos  daqueles, de cuja perspicácia, força de vontade, providência e moderação dependerá a felicidade ou infelicidade dos povos, deixar-se guiar pela luz da bem conhecida sentença: "Bis vincit qui se  vincit in victoria!" (Duas vezes vence quem se vence na vitória"). Com estas ansiosas palavras nos lábios e esta intenção no coracão, a vós, Veneráveis Irmãos e diletos Filhos, especialmente às vítimas da guerra de todas as nações, damos com paternal afeto a Bênção Apostólica, como penhor da Graça Divina".

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