segunda-feira, 23 de março de 2015

ESCRITORA  MINEIRA  NEGRA  EM   PARIS

No Salão do Livro de Paris a escritora mineira  CONCEIÇÃO EVARISTO, a menos conhecida na delegação nacional de 43 embaixadores das letras  presentes no Salão do Livro de Paris, dia 21/03/15, promoveu, segundo Guiomar de Grammont, com a sua autobiografia "uma redenção da realidade adversa que a cercou". Conceição, nascida e criada numa favela da capital mineira, empregada doméstica em lares inclusive de Otto Lara Resende (1922-1992), não perdia o tempo em serviço: leitora de gibis, admiradora das histórias contadas pela mãe, inspirando-se no exemplo de Carolina Maria de Jesus, autora de "Quarto de Despejo", obteve primeiro o diploma de normalista na capital. Professora, faxineira, foi para o Rio, cursou letras, fez o mestrado e o doutorado, enquanto aprimorava o estilo em publicações diversas. "Sic itur ad astra!" Sua presença, uma negra, num salão  de livros parisiense, foi-lhe a  consagração. Lançou em Paris a tradução de seu primeiro romance "Ponciá  Vicêncio", narrando a mudança, da roça para a capital, da pricipal figura do livro. Na ocasião falou com leitores por quase uma hora. Na visita do presidente François Hollande ao pavilhão do Brasil representou seus pares ("Folha de São Paulo", 23/03/15). "Sei que meu casso chama a atenção, porque não é muito comum uma escritora brasileira negra participar de uma feira internacional. A gente fica COMO FRUTA RARA"( Conceição Evaristo).

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