segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

VIAGEM  DE  MÉRTON  A  BANGKOK  NA  TAILÂNDIA   2

MÉRTON no diário de 15/10/68: "ALEGRIA. Saímos do chão - eu com mantas cristãos e um grande senso de destino, de estar por fim  em meu verdadeiro caminho, após anos de esperança e indagação e perda de tempo. Que eu não volte sem haver resolvido a grande questão. Nem sem haver  também descoberto a grande compaixão, "makakaruna". Estou indo para casa, a casa onde jamais estive com este corpo, onde jamais estive com este terno lavável, onde jamais estive com estas malas (É preciso que em Bangkok  haja uma catarse das malas), onde jamais estive com estes livros dignos de nota, "Tibetan Yoga and  Secret Doctrines, de Evans-Wentz, e outros". Em 17/10/68: "Gente bonita e atenciosa, excetuados os que estão aprendendo depressa demais com os americanos". 04/11/68: "Tive audiência hoje cedo  com o Dalai Lama em sua nova residência. Passaportes vistoriados por um funcionário hindu. Vários monges em volta - como  em volta de qualquer lugar ficam monges, talvez à espera de alguma parte. Dalai Lama impressiona  muito como pessoa. Ativo, forte, mais alto do que eu esperava. De política nem uma palavra. Toda conversa em torno de religião, filosofia e, particularmente, a meditação e seus métodos. Ele me disse contente por me ver, que já ouvira falar muito de mim. Falei de minhas preocupações pessoais, meu interesse pelo misticismo tibetano. Aconselhou-me ter uma boa base de filosofia Madhyamika. Dispôs-se a me atender de novo depois de amanhã e que tinha algumas perguntas a me fazer. Tenho grande confiança nele como pessoa carismática. A experiência está sendo ótima. Ótimo não estar recebendo cartas. Ninguém agora sabe onde me alcançar. Próxima postagem: 3.

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