domingo, 21 de dezembro de 2014

PASSASTE  NO  TESTE,  MARINA  SILVA!

Neste  mês de sobressalto, pelo que na falta de patriotismo, de compostura, a nossa  PETROBRÁS vem sofrendo da parte de quem devia protegê-la, presenciei no canal 40 da Globo-News a entrevista de MARINA  SILVA com o jornalista ROBERTO DÁVILA. A parte final, sobretudo, da resposta a uma sutil provocação do interlocutor terminando o programa, bem que merecia um lugar de relevo em alguma antologia política. Do tipo, por exemplo, do que escreveu o político mineiro Joaquim de Salles em seu livro "Se não me falha a memória", ao falar de conhecido e  antigo ex-governador de Minas Gerais RAUL SOARES: "Um ser humano em toda a extensão da palavra. Inteligência rara, formidável capacidade de apreensão e compreensão, orador elegante e dominador, argumentador poderoso, revelava-se, não obstante, tolerante e liberal, admitindo a discussão de suas opiniões sem a estulta pretensão de que o poder confere a infalibilidade. Andava sempre de olhos arregalados; se os obstáculos eram naturais, removia-os com jeito. Se lhe punham pedras na estrada, pegava-as e atirava-as sobre a cabeça dos malvados que pretendiam  fazê-lo tropeçar. Com os amigos na intimidade, fosse qual fosse o assunto, ele o expunha sempre sorrindo. Os olhos pareciam expedir chispas mas  aquele ar superior nada tinha de duro, mas era um ímã. Cedia à razão sem a preocupação de impor sua opinião, conquanto em casos essenciais do interesse  político ou dos brios de Minas, a sua atitude fosse - e nunca deixou de ser - de uma firmeza que consideração alguma conseguia abalar. Raul era um homem sem dobras e, apesar de bom político, o seu caminho não tinha atalhos. Mas não seria inabordável e estava bem informado sobre os homens e as coisas de seu tempo". Penso que desejável seria se incentivasse a publicação de biografias de nossos políticos que marcaram época desde a proclamação da república. O momento é propício, pois  se ressente o país da ausência de líderes políticos autênticos, convencidos de que o serviço público atualmente prestado está muito longe, muito distante daquele que reclama nossa democracia.

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