ÚLTIMA SEMANA DE MÉRTON NA TERRA
Anualmente, estes primeiros dias de dezembro a figura misteriosa de THOMAS MÉRTON me ocupa e conforta. Faz pouco, deixei-o com TRISTÃO que o visitou no mosteiro em Getsêmani, nos EUA, em 1951. Nascido na França, 1915, de mãe americana vivendo em Paris e de pai pintor escocês, nascido Mérton passaram um ano em Prades, transferindo-se para os Estados Unidos em virtude da guerra de 1914. De volta à França e falecendo-lhe a mãe, passou a viver na Inglaterra. Frequentou a Universidade de Cambridge até se transferir definitivsmente para os EUA. No contato mantido aí com Mérton, em 1951, Tristão soube que na Universidade de Colúmbia, influenciado pelo meio, ingressara na Liga dos Jovens Comunistas, embora numa rápida passagem. Sempre em busca de novos conhecimentos, depois de dedicar-se à leitura de Freud e de Jung, aflorou-lhe a religiosidade vivida no ambiente familiar. Percebe-se no seu "Diário Secular" uma tendência acentuada a uma transformação interior que culminou na conversão ao catolicismo, quando pretendeu ingressar na Ordem dos Franciscanos. Do "primado da prática do marxismo alça-se à meditação, à contemplação, donde seu batismo em 1938 e seu ingresso em 10/12/1941 em Nossa Senhora de Getsêmani, uma abadia cisterciense no Estado de Kentucki. Começa a escrever, surgindo sua autobiografia "A Montanha dos Sete Patamares", best-seller, milhões de exenplares vendidos. Tornou-se o monge mais famoso, o livro foi traduzido em 15 idiomas. Em 1949 ordenou-se sacerdote com 35 anos. Em 1965, época da visita de Tristão, começa a vida de ermitão dentro do bosque que rodeia a abadia. Em 15/10/68 sai de Getsêmani para assisitir ao Encontro Internacional dos Representantes de Mosteiros Beneditinos em Bangkok onde faleceu no dia 10/12/1968. Com 53 anos de idade.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
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