quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

TRINTA   E   UM   ANOS   SEM   TRISTÃO

Nasceu no Rio de Janeiro no dia 12  de dezembro de 1893 ALCEU  AMOROSO   LIMA, mais conhecido entre nós como TRISTÃO DE ATHAYDE. Faleceu em Petrópolis no dia 14 de agosto de 1983 em plena lucidez, tendo manejado a pena - seu grande instrumento de trabalho - até o final, foi a conclusão de um ciclo. O grande cedro tombou, tendo dado o fruto a seu tempo, escreveu Dom Clemente Isnard, OSB, ex-bispo de Friburgo. Aguardando a convocação do Mestre Divino, seu corpo repousa no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio, ao lado de  sua esposa, Maria Thereza, também falecida em Petrópolis, aos 22 de outubro de 1981. Depois de sua morte, foram publicados dois livros seus,  "Cartas do Pai" (2003) e "Diário de Um Ano de Trevas"(2013), pelo Instituto Moreira Sales. Segundo Frei Beto, Tristão escreveu cartas quase diárias para sua filha Maria Tereza, do Mosteiro Santa Maria de São Paulo. Essas cartas,  conteúdo dos livros citados, eram levadas à agência  dos correios de Petrópolis pelo pai que sempre reclamou da inexistência de um corrimão na escadaria de acesso ao prédio. Comentário de Frei Beto: "Ele morreu em 1983 sem ver o corrimão instalado - e sem assistir à volta da democracia no Brasil. Em sua obra "Voz de Minas", Tristão deixou o seguinte: "A educação mineira é menos obra de arte que obra da natureza. Não é uma técnica, é um costume.  Não é uma ciência, é uma tradição. Passa de pais a filhos com a naturalidade das transmissões hereditárias. Basta dizer que  o paradigma da mais autêntica  educação mineira já data de mais de um século. Vamos encontrá-lo no Regulamento do velho Colégio do Caraça que Elisée Reclus chamava "um dos baluartes do catolicismo no Brasil".

Nenhum comentário:

Postar um comentário