CONSTANTINO, OZANAM e TRISTÃO
"A pior das perseguições que se faz à IGREJA é aquela que se traduz pelo regalismo, pela OFICIALIZAÇÃO do CULTO, pelo clericalismo político, pelas subvenções interessadas pela incorporação subreptícia da IGREJA ao ESTADO com a perda inconsciente da sua independência", escreveu Tristão (A Vida Sobrenatural e o Mundo Moderno"). O mesmo escrevera ANTÔNIO FREDERICO OZANAM em carta a Dufieux, o7/o4/1851: "Não temos bastante FÉ, meu caro amigo, desejamos sempre o restabelecimento da religião mediante meios políticos, sonhamos com um CONSTANTINO MAGNO (274-337) que, com um só golpe e um só esforço, reconduza os povos ao redil. Mas desconhecemos a verdadeira história de Constantino. Tornou-se ele cristão exatamente porque mais da metade do mundo já esposara o cristianismo, e a multidão dos céticos, dos indiferentes e dos cortezãos que o seguiu apenas levou ao seio da IGREJA a hipocrisia, o escândalo e o relaxamento. Não, as conversões não são feitas por decretos mas pelos costumes e pelas consciências que necessitam ser conquistadas uma a uma. Queres ter dois grandes exemplos? PARIS e GENEBRA, cidades em que, apesar de nenhuma lei ter sido feita para o CATOLICISMO entre 1830 e 1848, a recondução das almas realizou-se com uma força e perseverança que aturdiram o mundo. Vê os ESTADOS UNIDOS e a INGLATERRA. A FÉ não prospera senão onde encontra governos que com ela não se preocupam ou lhe são adversos. Que época tão tempestuosa quão instrutiva! Talvez nela pereçamos, mas não nos lastimemos por tê-la vivido. Aprendemos muito, mas aprendamos sobretudo a DEFENDER NOSSAS CONVICÇÕES sem odiar nossos adversários, a amar aqueles que pensam diferentemente de nós, a reconhecer que HÁ CRISTÃOS EM TODOS OS CAMPOS e que Deus, como sempre, pode também hoje ser servido. Queixemo-nos menos de nosso tempo e mais de nós mesmos! Sejamos menos desanimados, mas sejamos melhores!"
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
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