quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

PEIXES   PARA  O  CONDE  de  ASSUMAR

Para GIOVANNA  BARROS  recordar o dia 14/01/14 em que conheceu N.S. APARECIDA.

Os homens não tinham peixe para o Conde de Assumar! = Os barcos desciam nas águas escuras do rio deserto...Tornavam subindo...descendo...a tentar! Lançavam as redes..Puxavam as redes... E as redes vazias! Sem nada pescar! Os homens não tinham peixe para o Conde de Assumar.  =  Domingos Garcia, caboclo valente, com os braços de ferro tocava a empurrar a triste canoa, sem nada pescar.  Pedroso gritava para os companheiros. Que logo cortaram as águas escuras do rio deserto. =  "Oh! Lá, companheiros! OH! Lá, canoeiros! Que novas a dar?! = E a mesma resposta caía da noite nos barcos vazios, sem nada pescar. Os homens não tinham peixe para o Conde de Assumar! = João Alves, aflito, já sem esperança, olhando as estrelas se pôs a rezar: "SSma. Virgem! Tem pena de mim!...Rainha Celeste! Tem pena de mim! És dona dos peixes que moram nas águas! Ordena que venham encher nossos barcos! Que um só dos teus gestos nos pode salvar!... Dá-nos peixe pra Dom Pedro para o Conde de Assumar! = E a rede atirando com punho de mestre, a rede  nas águas se abriu em estrelas. Caiu...Foi ao fundo... (João Alves chorava, João Alves rezava, tocado de fé!) = Puxou de mansinho, que a rede pesava, pesava... "São peixes! dizia. São peixes, enfim, que N. Senhora tem pena de mim..."= Mas, oh! luz estranha que vem dentro à rede. É Nossa Senhora que vem dentro à rede! É N.Senhora que vem dentro à rede!, do pobre, do humilde, feliz pescador, que louco de alegre se pôs a gritar: "Oh! Lá! canoeiros! Oh! Lá, companeiros! = Oh! Lá, pescadores que estais a pescar! Milagre! Milagre! Fazei vossos lanços, que N.Senhora já me apareceu!"= E os homens todos tocados de uma alegria sem par encheram os barcos de peixe para o Conde de Assumar! = Óh N. Senhora que ouviste o barqueiro, que ouviste há 2 séculos, de nós não te vás! Nem mesmo um instante, sequer,  nos esqueças!  Tu que apareceste, não desapareças daqui, desta Pátria! Jamais! Nunca mais!" (Adelmar Tavares -16/02/1888 - 20/06/1963 - da Academia Brasileira de Letras). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário