quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

PALAVRAS  SOBRE A NATURALIDADE

A mais pequena das virtudes é a NATURALIDADE. Para sermos o que devemos ser, o primeiro passo é ter a coragem de ser o que somos, é o "conhece-te a ti mesmo!" Cada um de nós é  um universo à parte. O caminho das virtudes é tão arriscado como o caminho dos vícios. Ambos beiram um acostamento involuntário que é, no caminho das virtudes, a HIPOCRISIA, e, no dos vícios, o do CINISMO. A infidelidade no caminho das virtudes começa pela vaidade. Como no dos vícios pela dissimulação. Na  CRIANÇA a vaidade da virtude leva ao ARTIFÍCIO e ao ORGULHO, À PERDA GRADATIVA DA ESPONTANEIDADE, da  NATURALIDADE, a uma falsa assimilação do modelo que lhe é proposto como finalidade a atingir. Donde a dificuldade e a delicadeza, tanto da função EDUCATIVA como da função INSTRUTIVA. EDUCAR não é impor um modelo, é estimular e orientar uma virtualidade para que se converta em virtude, a partir da infância e da adolescência, idades plásticas e polivalentes na formação da personalidade. Nessas idades é que se apresenta a primeira crise da NATURALIDADE, dado inato em cada ser vivo. A própria evolução gradativa desses seres vivos, da vida animal à vida RACIONAL, afasta-os  normal e gradativamente da sua origem natural. De modo que, à medida que nos aproximamos da VIDA RACIONAL (idade da razão), surge gradativamente o perigo de uma desnaturalização e de uma ARTIFICIALIZAÇÃO de nossas fontes naturais, da NATURALIDADE. ATENCÃO: sendo a NATURALIDADE inata no ser humano, daí manifestar-se mais fortemente  na infância, ela é TAMBÉM  a mais FRÁGIL, visto que a EDUCAÇÃO  e a INSTRUÇÃO  correm o risco de  a suprimir pelo próprio ato educativo ou instrutivo do seu APERFEIÇOAMENT. Por isso mesmo nessas primeiras idades  quando os INSTINTOS NATURAIS são mais violentos é que a MISSÃO  EDUCATIVA ou INSTRUTIVA é mais EFICIENTE e também mais perigosa! (no próximo blog terminamos essa meditação, primeira do ano 2014). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário