terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CONHEÇA O PADRE GUILHERME POUGET

O acadêmico e filósofo católico francês JEAN GUITTON (1901-1999) escreveu que um dos males de nosso tempo é que nós falamos tanto de solidariedade, dos laços misteriosos que fazem dos homens um só corpo, mas esquecemos que a piedade, a justiça, não devem aplicar-se somente a Deus, aconselhando-nos a reviver e a ressuscitar a imagem daqueles que nos deram neste mundo o melhor de nós mesmos. Por isto o PADRE POUGET (1847-1932) que não fez por onde ser conhecido em vida, que empregava para se ocultar o cuidado que tantos de nós usamos para nos fazer valer, mereceu que o filósofo JEAN GUITTON se sentisse PRESSIONADO a CELEBRAR-LHE A memória, convencido, aliás, de que só assim seria possível conservar-lha, quanto mais não fosse, pelo menos assim se poderia restabelecer o equilíbrio por uma justa compensação. Lembrando ademais que o PADRE POUGET foi no século XX um dos muitos pensadores obscuros que nada publicaram e dos quais, contudo, gerações futuras tanto se lhes tornaram devedoras, JEAN GUITTON julgou missão primordial da capacidade cultural, intelectual, religiosa do dons recebidos de Deus perpetuar num dos 30 livros que escreveu a figura excepcional do amigo e confidente PADRE GUILHERME POUGET, sacerdote lazarista, a obra intitulada "PORTRAIT DE MONSIEUR POUGET", enriquecida dos "DIALOGUES AVEC MONSIEUR POUGET", durante muitos anos mantidos com esse "GOUROU singular que fez da crítica histórica, como escreveu ALBERT CAMUS, um instrumeto de ascese". No primeiro diálogo desse livro "DIÁLOGOS", o pintor do retrato do PADRE POUGET observa que apenas se vislumbra a sombra da profundida do pensamento do humilde filho de São Vicente de Paulo. Ao se penetrar nas páginas seguintes, depara-se com o problema dos mundos, do pecado e do mal, do mistério de Jesus, do futuro da Igreja. Numa palavra: fala-se de Cristo na sua mediação, na sua presença, na sua atualidade. E numa tentativa de dar a essa obra o tom da VIDA HUMANA, GUITTON escreve que a IDEIA se entrecruza com o PEQUENO DETALHE onde a ANGÚSTIA, o PENSAMENTO e o SORRISO se misturam um pouco. No próximo blogue o pensar de ALBERT CAMUS e do filósofo BERGSON sobre o PADRE POUGET.

Nenhum comentário:

Postar um comentário