sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

BRIGA DO GOVERNO COM O PMDB?

Comentando a declaração de um dos líderes da Câmara Federal do País, em face de denúncias contra membros de seu partido, a FOLHA DE SÃO PAULO (27/01/2012) assim escreveu em EDITORIAIS: "A declaração de Alves revela o cerne da mentalidade dpminante nos partidos brasileiros. "Metade da República", disse ele, referindo-se aos peemedebistas enquistados nos centros do poder. Se algo merece ser chamado de República, não é a colcha de retalhos que, por indicações personalistas e fidelidades clandestinas, recobre a máquina federal. Excluídas as raras nomeações que se fazem por critérios técnicos, sobe a bem mais da metade a extensão daquilo que valeria chamar-se de "setor antirrepublicano", ou "banda podre", dos governos que se sucedem em Brasília. "Por que", pergunta o líder da bancada peemedebista, a presidente iria "brigar com isso?"É certo que parte da popularidade da presidente pode ser atribuída à mística da "faxina" que, esporadicamente, tem sido compelida pelas evidências a empreender. Uma visão menos providencialista e ingênua apontaria que a relação entre governo e PMDB, apesar dos atritos ocasionais com o PT, é marcada pela acomodação. Ungida no cargo por seu antecessor, Dilma procura afirmar a sua autoridade própria. Para cada assessor acusado de corrupção, que venha a demitir, como o recém-defenestrado do DNOCS, novos aspirantes ao cargo, e às benesses correlatas, estão prontas a jurar-lhe fidelidade. Dentro de partidos como o PMDB e o PT, lutas internas constantes dão margem ampla para as escolhas presidenciais. A verdaeira REPÚBLICA, que não é composta de metades peemedebistas ou petistas, acompanha não sem algum prazer a ronda de ciúmes e amuos entre um e outro dia de faxina. Satisfação completa, no entanto, virá no dia em que a presidente confrontar também os padrinhos, não só a legião de apadrinhados sob suspeita".

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