sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Em resumo, a ideia maior, orientadora, poderia dizer-se, deste documento (parte final do blog intitulado RECREAÇÃO DOUTRINAL NA IGREJA) é realizar "um aprofundamento da doutrina católica" e se engajar na nova evangelização por uma mais firme adesão ao Senhor Jesus. Pode-se sempre subestimar o valor desta nota que não tem a autoridade de uma encíclica. O que é verdade sob um plano técnico. Mas este documento é muito mais que uma nota, porque ela não é mais colocada em forma programática de uma poítica que Bento XVI tinha anunciado desde 2005. A política de seu Pontificado. Nove meses depois de sua eleição ela tinha dado como linha de ação uma "interpretação do Concílio Vaticano II" não mais segundo a "HERMENÊUTICA da descontinuidade e da ruptura, mas segundo a "hermenêutica da reforma", a saber, "em continuidade"com a grande tradição da Igreja. Não se trata mais de um voto piedoso, mas de um programa a partir de agora organizado que tem por objetivo realizar uma reforma interna da Igreja Católica, lento mas certo. Ela restabelece na hora os pêndulos doutrinais na Igreja Católica. E põe fim a uma certa "recreação doutrinal" em que tudo e seu oposto era possível na grande casa católica. Tal programa será seguido? Será a princípio bastante criticado: nos meios progressistas como o coveiro do "verdadeiro Concílio"; e nos meios integristas como o cúmplice de um "falso Concílio". É espinhosa a função de um papa! Do outro lado desta dialética simplista, não deve haver dúvida sobre a evolução de fundo que atravessa hoje a Igreja Católica. Desta vez o ponto de vista coincide com o espírito desta NOTA e a anima. Uns aí vêem um simples retorno de pêndulo, trata-se antes de uma estratégia: a Igreja Católica começa a reagir ao seu declínio ocidental O novo Consistório que verá a criação de 22 novos cardeais em 18/02 confirma esta orientação. Se o "espírito do concílio" está prestes a morrer, será o "espírito católico" que retorna?

Nenhum comentário:

Postar um comentário