quarta-feira, 30 de novembro de 2011

VATICANO EM FOCO

JEAN-MARIE GUÉNON, jornalista credenciado junto à Sé Apostólica, em artigo recente no LE FIGARO, expõe três experiências vividas e ligadas a questões de COMUNICAÇÃ0 ou INCOMUNICAÇÃO da IGREJA CATÓLICA. Acompnhando o Papa BENTO XVI a BENIN (ÁFRICA: 18-20/11): por duas vezes debruçou-se sobre a "exortação apostólica de 140 páginas", dirigida ao continente, originária do trabalho de 250 bispos africanos reunidos durante 3 semanas no Vativcano, no outono de 2009. Ao texto, escreve Guénon, falta unidade e sobra excesso de citações de documentos vaticanistas. Carece também de "lisibilidade". Peca por extensividade do conteúdo que bem melhor teria sido resumidp em 8 a 10 páginas, enfocando os pontos salientes. Outra significativa experiência vivenciou GUËNON, quando, no dia 10/11, ao lado de 4 colegas jornalistas europeus, a convite da Sé Apostólica paritcipou de um colóquio sobre os problemas de comunicação midiática da Igreja Católica. O objetivo apresentado visava conhecer dos jornalistas suas opiniões sobre as "incompreensões entre a IGREJA e o MUNDO DA MÍDIA". Justo reconhecer que problema algum foi eliminado neste dia de estudo intelectual mais aberto, o que significou um rompimento com a imagem de uma cúria romana insensível ãs questões de comunicações, com o fim de melhorá-las. Foi a primeira vez que se consultaram profissionais não italianos para se tentar compreender uma situação. Finalmente uma terceira experiência verificou-se antes em LOURDES numa assembleia de outono de bispos. Particular interesse despertou um grupo de trabalho 'Internet e Igreja". Mas conclusões da conferência do teólogo P. Henri Gagey, do Instituto Católico de Paris, deixaram bastante perplexo o colunista, por ter afirmado, diante da imprensa, que convinha "FORMAR OS BLOGUEIROS CATÓLICOS". Há na França pequena centena de blogueiros católicos, por sinal muito dinâmicos. Escapam, contudo, à vigilãncia da hierarquia episcopal, o que inquieta os bispos, quando se trata de padres. Tanto que um bispo observou que um cura blogueiro ultrapassa de longe sua responsabilidade canônica territorial paroquial. Guénon estranhou a ideia de querer "formar blgueiros católicos, "o que seria inquietante. E pergunta: seria uma tentativa de "enquadramento" onde a estrutura entende não só formatar um pensamento mas também exercer seu controle? Felizmente a inanidade da ideia foi logo entendida, colocando-se sob guarda o P, Gagey contra o risco do "caporalismo". O próprio dos blogues e outros tweets é justamente a "institucionalidade". Eles nasceram livres e livres devem permanecer. Longe de se oporem, eles completam a comunicação institucional.

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