terça-feira, 10 de agosto de 2010
SOU CATÓLICO, APOSTÓLICO, ROMANO
No Brasil, número considerável de pessoas, interrogadas sobre a religião que professam, respondem quase sempre: "Sou CATÓLICO, apostólico, romano". O vocábulo "CATÓLICO" significa etimologicamente "universal". Encontramos a expressão no Símbolo dos Apóstolos, cantado na celebração da Eucaristia: " Creio na Igreja: una, santa , CATÓLICA e apostólica". De tal modo essa nota caracteriza a religião pregada por Cristo que Santo Agostinho (354) , em seus escritos, em vez de "a Igreja", usava a palavra "A CATÓLICA" por lhe parecer tão bem definir essa qualidade, a universalidade, característica perfeita da sociedade cristã. A catolicidade ou universalidade, com efeito, várias vezes foi empregada por Jesus para descrever o seu reino como universal, como católico portanto. "Recebereis, disse Ele, a virtude do Espírito Santo que descerá sobre vós e me sereis testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até as extremidades da terra" (At.1,8). A catolicidade ou universalidade é uma das notas ou características do "redil estabelecido por Jesus Cristo a cujas ovelhas ele conferiu meios bastantes e seguros de lhe encontrarem a porta", diz o Pe. Penido ("O Mistério da Igreja", pg. 197). "Cristo balizou o itinerário das almas em busca do aprisco, dotando a sua Igreja de qualidades bem manifestas, e além do mais, privativas dela, de sorte que é fácil o discernimento" (Leão XIII, Enc. "Libertas praestantissimum"), sendo uma dessas qualidades ou notas a CATOLICIDADE. Quem diz que é CATÓLICO está afirmando que pertence à Igreja fundada por Jesus Cristo e fundada, por sua natureza, para abranger absolutamente todos os homens, a humanidade inteira. Dizendo-se, ademais, que é "APOSTÓLICO, o católico afirma que a Igreja Católica foi fundada por Jesus Cristo sob o pastoreio do APÓSTOLO PEDRO e de seus SUCESSORES. "Se PEDRO é o fundamento visível da Igreja, o APÓSTOLO e suas funções hão de se perpetuar em seus SUCESSORES, pois um edifício que perca seu fundamento desaba fragorosamente" (Dom Estêvão Bettencourt"). Finalmente o católico se afirma "ROMANO" ," porque São Pedro, chefe visível designado por Cristo, morreu em Roma como bispo desta cidade. Seus sucessores, bispos de Roma, continuam a desempenhar funções do primado (Dom Estêvão Bettencourt, Curso de Teologia Fundamental). "IGREJA ROMANA" e "JESUS NAZARENO " são dois títulos paralelos entre si, que não restringem o âmbito do Cristianismo, mas vêm a ser genuínos ecos do mistério da Encarnação, que está no âmago da mensagem cristã".
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