quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O MARGINAL SUICIDOU!

Costuma-se fazer acompanhar esse verbo SUICIDAR do pronome pessoal SE:  "O MARGINAL  SUICIDOU-SE!"  Que há de estranho no caso? Parece-me que o emprego do pronome pessoal SE,  acompanhando o verbo,  constitui uma redundância, um pleonasmo. O verbo SUICIDAR, em sua composição, já traz embutido, em si,  o referido pronome pessoal sob a forma SUI:  SUIcidar. A outra parte do vocábulo, CIDA, deriva do verbo da língua latina  CAEDERE,  que significa MATAR.  SUICIDAR, portanto, quer dizer  MATAR A SI MESMO!  Mais lógico me parece, segundo esse raciocínio, dizer-se: "O MARGINAL SUICIDOU!", isto é, o marginal se matou. Não se justifica, assim, o emprego do pronome pessoal SE como complemento do verbo SUICIDAR que não requer um complemento para lhe completar  o sentido. SUICIDAR,  repito,  quer dizer: MATAR-SE!   Este verbo, por sinal, tem ainda algo  original: se  várias pessoas resolvem pôr fim à vida, não poderão dizer: "NÓS  vamos SUICIDAR ou SUICIDAR-NOS!"  ou "TU vais SUICIDAR ou  SUICIDAR-TE?" ou "EU ME SUICIDAREI".  Dar-se-ia um curto-circuito gramatical: NÓS ou NOS, TU ou TE, EU e ME  não se casam com SUI.  Sabemos que o pronome pessoal reto  correspondente a EU é ME; que o correspondente a TU é TE; que o correspondente a VÓS é VOS!  São esses aqueles  casos em que os citados pronomes  "hurlent de se trouver ensembles"! O dicionário "HOUAISS" classifica o verbo SUICIDAR como um verbo PRONOMINAL. Creio, porém,  que, empregado divorciado de qualquer tipo de pronome-complemento, ele deve ser classificado como um verbo intransitivo. São  considerações que exponho, SALVO MELHOR JUÍZO!

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