segunda-feira, 17 de agosto de 2015

UM  CORRIMÃO   ENTRE  PAI  E  FILHA

Pelo espaço de  mais de 30 anos,  ALCEU  AMOROSO  LIMA  subia quase uma dezena de degraus da escadaria do prédio do Correio de Petrópolis para postar diariamente uma carta  para sua filha, a Abadessa do Mosteiro Santa Maria, de São Paulo. E sempre, ofegante, reclamava da gerente da agência pela ausência de um corrimão para ajudar os idosos. Ele subiu e desceu aquele calvário e dizia sempre à gerente: "Por favor, ponham um corrimão, vocês acabam me fazendo cair!" Mesmo prometendo pagar as despesas, nunca foi atendido. Alguns anos depois do falecimento de Tristão (14/08/1983),  com a nomeação do sobrinho, Egídio,  diretor geral dos Correios, dois filhos de Tristão, Alceu e Sílvia, finalmente inauguraram os dois corrimãos, aprovados pelo SPHAN, numa sessão  cultural de música, discursos, no dia 23 de maio de 1999.   Que homenagem prestaram ao inesquecível pai, inaugurando os  dois corrimãos, aprovados pelo SPHAN, numa sessão cultural de música, discursos, com a presença do prefeito e da sociedade de Petrópolis.   Faltou apenas uma plaquinha: "Corrimão Alceu Amoroso Lima - Tristão de Athayde". "Haverá homenagem mais significativa ao pai que escreveu cartas diárias à sua filha monja durante 30 anos?"(Apresentação do livro "Diário de Um Ano de Trevas", Cartas de AAL à filha madre Maria Teresa).

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