SOB O CLARÃO DA BOMBA ATÔMICA
Reflexão oportuna: "Podemos muito bem questionar a legitimidade da guerra nuclear como princípio; mas, quando encaramos o FATO CONCRETO de que o emprego de armas nucleares pode resultar na destruição quase total da civilização, e até mesmo possivelmente no suicídio de toda a raça humana, ESTAMOS ABSOLUTAMENTE OBRIGADOS A LEVAR ESSE FATO EM CONTA E EVITAR ESSE TERRÍVEL PERIGO. É certamente legítimo para o moralista católico defender a teoria de que a guerra nuclear limitada, para fins defensivos, é autorizada pelos princípios morais cristãos tradicionais. Ele pode inclusive defender que o uso estratégico de armas nucleares, bacteriológicas e químicas é teoricamente permissível para fins de defesa, desde que haja a possibilidade de que os valores básicos que estamos presumivelmente defendendo continuem existindo depois de terem sido "defendidos". Mas quando chegamos diante da terrível dúvida do fato, "dubium facti", a probabilidade iminente e absolutamente real de uma destruição maciça e incontrolável, que inclui a aniquilação da civilização, e até mesmo da própria vida, então não existe uma tal amplitude de escolha. Estamos obrigados, o mais grave e seriamente possível, a obedecer a todas as normas da moralidade cristã, por mais mínimas que sejam, quando se trata de escolher o rumo de ação mais seguro e tentar a todo custo evitar um desastre de tais proporções" ("Paz Na Era Pós-cristã", Thomas Mérton).
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
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