quarta-feira, 5 de agosto de 2015

  SOB  O  CLARÃO   DA   BOMBA  ATÔMICA

Reflexão oportuna: "Podemos muito bem questionar a legitimidade da guerra nuclear como princípio; mas, quando encaramos o FATO  CONCRETO   de que o emprego de armas nucleares pode resultar na destruição quase total da civilização, e até mesmo  possivelmente no suicídio de toda a raça humana, ESTAMOS  ABSOLUTAMENTE  OBRIGADOS  A  LEVAR  ESSE  FATO  EM  CONTA E  EVITAR  ESSE  TERRÍVEL  PERIGO. É certamente legítimo para  o moralista católico defender a teoria  de que a guerra nuclear limitada, para fins defensivos,  é autorizada  pelos princípios morais cristãos tradicionais. Ele pode inclusive defender que o uso estratégico de armas nucleares, bacteriológicas e químicas é teoricamente permissível para fins de defesa, desde que haja a possibilidade de que os valores básicos que estamos presumivelmente defendendo continuem existindo depois de terem sido "defendidos". Mas quando chegamos diante da terrível dúvida do fato, "dubium facti", a probabilidade iminente e absolutamente  real de uma destruição maciça e incontrolável, que inclui a aniquilação da civilização, e até mesmo da própria vida,  então não existe  uma tal amplitude de escolha.  Estamos obrigados, o mais grave e seriamente possível,  a obedecer a todas as normas da moralidade cristã,  por mais mínimas que sejam,  quando se trata de escolher o rumo de ação mais seguro e tentar a todo custo evitar um desastre de tais proporções" ("Paz Na Era Pós-cristã", Thomas Mérton).


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