VAIDADE... VÍCIO OU DOENÇA?
"A vaidade sempre CONSIDEREI, não como um vício, mas como uma doença. Uma pessoa vaidosa não me parecia estúpida, mas sim doente. Quem se comovia com a opinião da MULTIDÃO, que logo mudava de atitutude, se tornava espetáculo, passando a ser outra a sua voz... Coitada! Chegava a tirar satisfações extraordinárias de palavras pronunciadas a seu respeito. Bastava olharem-na para a face se lhe enrubescer!" (CIDADELA, LX, SAINT-EXUPÉRY). Que é a VAIDADE? É o amor desordenado da estima dos outros. Distingue-se do ORGULHO que se compraz na sua própria excelência. Em geral a vaidade deriva do orgulho: quem se estima exageradamente deseja naturalmente ser estimado dos outros. A vaidade produz vários defeitos: a) a JACTÂNCIA: hábito de falar de si no intuito de se fazer estimar; b) a OSTENTAÇÃO: consiste em atrair sobre si a atenção por certas maneiras de proceder ou pelo fausto que alardeia, ou pelas singularidades que dão que falar; c) a HIPOCRISIA: ATO OU EFEITO DE FINGIR, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; característica daquilo que carece de sinceridade (nas palavras por exemplo); tomar os exteriores ou as aparências da virtude, ocultando sob essa máscara vícios secretos muito reais. Ramalhete espiritual: "Não faças economia, se fores a isto inclinado. Não há mercadoria que se poupe, quando se trata dos movimentos do coração. PORQUE DAR É LANÇAR UMA PONTE POR CIMA DO ABISMO DA TUA SOLIDÃO!" (SAINT-EXUPÉRY).
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