quarta-feira, 22 de abril de 2015

GIGANTE   BRASILIÃO

Ouvindo há pouco a leitura do balancete  da PETROBRÁS (22/04/15),  sinto-me às portas de entrada da  segunda metade do século vinte. Três fatos: um livro de Stefan Sweig, BRASIL PAÍS DO FUTURO; um conto, O GIGANTE BRASILIÃO", lido em 1942  pelo professor de português na aula do dia de Tiradentes no Colégio do Caraça - onde não se comemorava  feriado nacional; e AS FAIXAS  DO  PTB: "O PETRÓLEO É NOSSO! nas mãos e nos corações dos getulistas nos anos 50. São mais ou menos setenta anos de uma existência pra ninguém botar  defeito diante de um entusiasmo, fruto talvez de uma mente incorrigivelmente ingênua: a leitura em Brasilia de um relatório histórico prenunciando o ressurgimento de uma NOVA PETROBRÁS! Acudiu-me então a mitologia grega e me senti face  à conhecida ave representada sempre pousada numa palmeira  e por isso apelidada por Heródoto de FÊNIX. Ao cabo de cada ciclo existencial, sentindo a proximidade da morte,  preparava uma fogueira funerária com ramos de canela  e mirra e se incendiava, nascendo uma nova fênix!  símbolo de esperança, de persistência e de transformação de tudo que existe, era um sinal da vitória da vida e da inexistência da morte, de canto extremamente doce. Pesquisadores antigos nela viam um símbolo do sol que, ao final de cada tarde, se incendeia e morrre, renascendo a cada manhã. Para os cristãos fênix está associada à ressirreição de Cristo que, morto, ressurgiu dos mortos. Seja como for, sinto que nosso gigante brasilião experimentou hoje um tremor de esperança no solo de um  país que ameaça transformar-se num futuro presente. 

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