terça-feira, 13 de janeiro de 2015
UM INESQUECÍVEL CENTENÁRIO
31/01/1915. "Nas trincheiras enlameadas do Norte da França agoniza o século XIX, enquanto na paz dos Pireneus, burgo de Prades, mais tarde famoso pelo exílio de Casals, nasce uma criança, uma das figuras mais representativas do século XX. Um santo, como Charles de Foucauld (1858-1916). Quem sabe por que misteriosos encontros humanos um obscuro pianista neozelandês e uma jovem norte-americana davam nessa data ao mundo "um signum cui contradicetur": THOMAS MÉRTON. (1915-1968). No livro de Rice, seu amigo, acompanhamos de perto as vicissitudes iniciais dessa alma extraordinária que tudo experimentou à busca de si mesmo, antes de se encontrar em Deus. Mérton polariza seguramente os mais radicais extremos do noso século na busca do mundo, na revolta contra ele e na sua superação pela santidade. Se foi durante a Primeira Grande Guerra, quando morria o século XIX, que veio ao mundo o autor da "Montanha dos Sete Patamares", que abalou a inteligentsia norte-americana na década de 50, foi durante a Segunda Grande Guerra que o futuro FATHER LOUIS, TRAPISTA, ESCREVEU OS SEUS PRIMEIROS LIVROS DE PROTESTO E ACUSAÇÃO CONTRA O SÉCULO DA RIQUEZA CAPITALISTA, DA VIOLÊNCIA BÉLICA E DA IMPOSTURA TOTALITÁRIA" (TRISTÃO DE ATHAYDE, IX, Gesto de mensagem de um Santo do Século XX NO "DIÁRIO DA ÁSIA", DE THOMAS MÉRTON).
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