sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CENTENÁRIO   DE   NASCIMENTO   DE   THOMÁS   MÉRTON  31/01/2015

Parabéns, THOMAS  MÉRTON", neste centenário de teu nascimento: 31/01/2015! Teu maior amigo brasileiro, TRISTÃO DE ATHAYDE,  recorda o que falou de ti, em carta à sua filha monja, Maria Luiza (07/07/1964): "Os sinos estão repicando na catedral. Por que será? algum aniversário petropolitano ou imperial? Ontem à noitinha passei pelas freirinhas da  Companhia da Virgem  para entregar o livro  "Life and holiness" para o qual escrevi o prefácio agora, e devolver umas revistas  que me haviam emprestado com  artigos do mesmo Mérton. Quanto mais o leio, mais me convenço de que é o maior escritor católico vivo. Escritor, isto é,  uma pena não especializada (como um Maritain, filósofo;  um Mauriac, romancista; um Rahner ou um Journet, teólogos e bons), e levando a todos  de vários planos do espírito, o que li de mais essencial na mensagem da Igreja, em termos que o homem culto hoje entende e gosta. Sinceramente não vejo outro. Na carta dele à irmã Emanuel ele teme ("I am afraid")  que  eu tenha exagerado a sua importância como escritor católico.  Não exagero nada. Procuro e não encontro outro que diga as coisas como devem ser ditas, do modo como devem sê-lo e interpretando admiravelmente a verdadeira  posição da Igreja.  Nunca, até agora, me encontrei  em desacordo com ele. E só lamento não ler tudo o que escreve.  É um homem que nada escreve  senão depois de ir ai heart of the matter". E na carta de 21/02/1966 à mesma filha abadessa: "... Se, em 1928,  eram Chesterton e Maritain as duas janelas  que se abriam para que eu respirasse mais à vontade e encontrasse, por essa vibração deliciosa, o caminho da Casa - hoje são Mérton e Teillard que me abrem novas janelas para arejar a casa, a Casa onde João XXIII abriu tantas janelas, mas cuja morte quase que as fechou de novo, a pedido de Paulo VI, para que eu não me resfriasse..."Estou sentindo que começo a ser injusto com o nosso Montini: por que não o tenho lido bastante! Pois estou certo de que ele, Montini, não mudou.  Eu é que mudei... para pior, depois da primavera do nosso João! Preciso voltar ao ano todo, com outonos, invernos, verões... Ciao." 

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