JOSÉ DE SOUZA SARAMAGO (1922-2010)
Ele nasceu em 1922 e o pai foi levá-lo ao cartório de registro civil para torná-lo cidadão português. Ao declinar o nome da criança, JOSÉ DE SOUZA, o funcionário SILVINO (que estaria bêbado no dizer mais tarde do pai), estranhando a falta do sobrenome da criança, exigiu fosse declarado por se tratar de exigência legal. Com voz firme o pai respondeu contrariado: "JOSÉ de SOUZA, só!" E aconteceu então o seguinte: "...sob os efeitos do álcool e sem que ninguém se tivesse apercebido da onomástica fraude, decidiu o funcionário por conta e risco acrescentar SARAMAGO ao lacônico JOSÉ DE SOUZA que o meu pai pretendia que eu fosse" ("As Pequenas Memórias", José Saramago). Mas sabe-se que SARAMAGO não era um apelido do lado paterno, mas sim a alcunha por que a família era conhecida na aldeia. O certo é que somente tomaram conhecimento da fraude onomástica, quando se apresentou a certidão de nascimento do garoto para os efeitos de sua inscrição no primeiro ano escolar. O nome jocoso SARAMAGO aludia a uma espécie de erva ruim que nasce espontaneamente nos campos, tendente no caso a denegrir a família entre os vizinhos da aldeia.
sábado, 3 de janeiro de 2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário