PRÓXIMO 31/01/2015 = CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE THOMAS MÉRTON
Morto o pai em 1931, MÉRTON, na Inglaterra, com 16 anos, depois de alguns meses de depressão, sentiu-se plenamente libertado de tudo que impedia sua vontade de fazer o que mais lhe aprouvesse. Recebendo então o convite de um amigo que fosse aos Estaddos Unidos, embarcou para a América em 1935, já passados cinco anos da morte do pai, quando assim conquistara a liberdade plena, embora, muito mais cedo que pensasse, iria descobrir que, ao invés da liberdade, caíra no mais medonho cativeiro: os últimos traços de religião se lhe apagaram. Tornou-se zeloso de guardar o templo de seu espírito contra todos os intrusos para se dedicar ao preito de uma vontade estúpida. Adquirira o "status" de um autêntico homem completo do século XX! Pertencia assim ao mundo em que vivia: um legítimo cidadão de um século horripilante, o século dos gases venenosos e das bombas atômicas, um homem vivendo no limiar do Apocalipse, um ser vivendo na morte, veias cheias de veneno. Leitor de Baudelaire bem que poderia ouvir dele: "Hypocrite lecteur, mon semblabe, mon frere...". Acontece, porém, que "meu pai me despertara o gosto pelas poesias de William Blake. Aos 16 anos suas metáforas começaram a maravilhar-me. Cheguei ao ponto de me perguntar que espécie de homem ele teria sido, em que acreditaria? Impressionado, por exemplo, pelo que lia em Blake, ora sobre figuras de sacerdotes atemorizantes e hostis, ora, em outra página, por exemplo no poema "O Monge Cinzento", a respeito de um sacerdote santo, heroi da caridade e da fé, culminando por confessar no fim da vida ao amigo Samuel Palmer que a Igreja Católica era a única que ensinava o amor de Deus. Convencera-me de que Blake era um homem bom e santo, porque sua fé era real e seu amor por Deus poderoso e sincero. E pensei: "através de Blake chegarei um dia à única igreja verdadeira e ao Único Deus Vivo por intermédio de seu Filho, Jesus Cristo". MÉRTON batizou-se em 16 de novembro de 1938.
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
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