quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

JOÃO   XXIII - FRANCISCO  E  TRISTÃO 

ALCEU  AMOROSO  LIMA    nutria profunda simpatia pelo "nosso Pai João" (1958-1963). Daí as inesquecíveis frases que deixou sobre ele   (carta de 16/06/63 à sua filha madre Maria Teresa)  quando  da morte DELE: "Amanhã são as exéquias do nosso Pai Branco. Como eu gostaria de estar junto dele, morto, como estive em vida! E cada vez, agora, quando me lembro de sua presença, desde   o "anche la luna" até a luz da janela nas madrugadas romanas, sinto uma tal dose de emoção que custo a me conter. E sobretudo a ... compreender. Compreender, aliás, compreendo, clarissimamente. O problema é... aceitar. Ainda hoje leio uma frase do Cardeal Siri de Gênova (no sepultamento de João XXIII): "Serão precisos 40 anos para a Igreja recuperar  o que perdeu  em 4"  (estranha profecia! 40 e poucos anos depois eis FRANCISCO, o continuador de João XXIII!). E continua a escrever Tristão: "Quando ouço uma frase dessas  compreendo  que esforço infinito é preciso para não odiar o próximo... E para cumprir a palavra e a lição de Jesus  e de seu servo João... E dizer que são homens dessa qualidade (Siri que recebeu votos para suceder João XXIII) que vão escolher por eleição  o sucessor de João XXIII! Tenho notado um sintoma grave: estou custando a conciliar o sono. Ainda não é a insônia, mas é um mau sinal! Por mais que procure calar a voz das minhas cavernas,  não consigo tirar o pensamento DO  QUE  FORAM  ESSES  4  ANOS E  MEIO  que  fizeram PROGREDIR a Igreja de 400 anos! " (alusão ao concílio de Trento).

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