quarta-feira, 9 de abril de 2014

O   JESUÍTA   SÃO   JOSÉ   de   ANCHIETA

"Nem mais a espada e bomba pavorosa / Se ouvirá na marinha e sertão vasto. / A voz só do Evangelho poderosa / Simples, sem artifício... (CARAMURU, VIII,76).

Sem dúvida a Companhia de Jesus, os Jesuítas,  foi o elemento moral responsável pela formação moral dos índios, que  habitavam nosso país desde seu descobrimento. Com estilo e justiça  bem os cantou em verso o nosso poeta dos escravos, Castro Alves, quando escreveu: "O navio maltês, do Lácio a vela, / A lusa nau, as quinas de Castela, / Do holndês a galé, / Levavam sem saber ao mundo inteiro / Os vândalos sublimes do Cordeiro, / Os átilas da Fé".  Entre os sacerdotes que aqui aportaram com Tomé de Sousa e Duarte da Costa dois sobremodo se distinguiram: Nóbrega e JOSÉ DE ANCHIETA, o taumaturgo, assim já então apelidado pelos verdadeiros milagres que operava. Brasileiro, podemos considerá-lo, porque aqui se completou e amadureceu a flor e o fruto de sua inteligência. Dos 63 anos da sua vida 42 viveu-os sob o céu brasileiro. Primeiro mestre da língua tupi, foi também mestre da língua portuguesa. Foi além do mais o diplomata nas guerras. O médico que aprendeu dos índios a virtude das plantas, o enfermeiro dedicado. No seu tempo os jesuítas já possuiam três colégios e residências no Brasil, templos de virtude e de trabalho, onde a piedade pelo próximo era-lhes o primeiro dever. Que o bom Deus faça brotar na sua Igreja sacerdotes do espírito de São José de Anchieta, canonizado dia 03/04/14, o que, por certo, é a prece cotidiana do papa jesuíta argentino nosso vizinho FRANCISCO! ("História do Brasil"João Ribeiro).

Nenhum comentário:

Postar um comentário