sexta-feira, 4 de abril de 2014

A  SANTIDADE   DE  NOSSO   TERCEIRO  SANTO   BRASILEIRO,   PADRE   JOSÉ   DE   ANCHIETA

   NÓBREGA foi o primeiro jesuíta a pôr os pés no Brasil. Esse apóstolo deixara a lição: começar proveitosa catequese atraindo os meninos, e por via destes  chegariam aos mais velhos. Tudo naquela terra menina era menino também.  Devia lançar-se a rede a todo peixe.  O jesuíta tinha um só fito: o apossamento da alma sem dono. Era apossar-se primeiro daquela terra humana, daquele barro selvagem, lançar a cerca. Seduzir o indígena antes de convertê-lo com o selo do batismo e da confissão. Depois, com o amanho da terra, se veria se a terra era fértil mesmo.  Para a conquista recorria-se a tudo: aplicava-se mezinha, lancetavam-se abcessos, pensavam-se feridas.  ANCHIETA escreveu, em 1553: "Neste tempo em que estive em Piratininga servi de médico e barbeiro, curando e sangrando a muitos daqueles índios, dos quais viveram alguns de quem não se esperava vida.  Ele esperava que o indiozinho fosse saindo à luz, do ventre materno, para batizá-lo. Em 1553 haviam chegado aos campos de Piratininga outros sete jesúitas. O IRMÃO  ESCOLÁSTICO (não era padre ainda) vinha no grupo. Sendo Nóbrega elevado a Provincial fundou novo colégio em Piratininga dirigido por nove jesuítas. Seguiu com esta gente, NOMEADO MESTRE-ESCOLA, o irmão José de Anchieta. Já era uma melhoria para quem fora simples cozinheiro a bordo. A 25 de janeiro  do ano de 1554   CELEBROU-SE A PRIMEIRA MISSA da fundação.  Era dia da conversão de São Paulo, "sendo único de quem a Igreja escolhe para festejar um simples episódio da sua vida". Deram ao COLÉGIO o nome feliz do santo, mais tarde a feliz cidade de São Paulo. ANCHIETA conta em carta  a Santo Inácio de Loiola  que "às vezes  mais de 20 dos nossos se abrigavam numa barraquinha de caniço e barro, coberta de palha, 14 pés de comprimento, 10 de largura. É isto a escola, e a enfermaria, o dormitório, refeitório, cozinha, dispensa.  Não invejamos as mais espaçosas mansões que nossos irmãos habitam em outras partes, que Nosso Senhor Jesus Cristo ainda em mais apertado  lugar se viu,  quando foi de seu agrado nascer entre brutos numa mangedoura: e muito mais apertado quando se dignou morrer por nós na cruz!" ("ANCHIETA", por Jorge de Lima).

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