quarta-feira, 10 de março de 2010

THOMAS MERTON - 4

Com 26 anos, rejeitado para o exército, Merton decide consagrar-se a Deus. No dia de Ramos dirige-se à Trapa de Kentuki. Vivendo todas as horas do mosteiro, exclama: "Estes homens, sepultados no anonimato de sua cogula branca, fazem pelo seu país o que nenhum Presidente ou Parlamento pode jamais fazer, pois lhe asseguram a graça, a proteção e a amizade de Deus! "No seu íntimo, porém, teme que seu desejo de vida religiosa seja apenas uma grande ilusão. Assim indeciso, regressa a Nova Iorque. Empolga-o o apostolado social empreendido pela baronesa Hueck em favor dos negros do bairro de Harlem. Pouco depois, descobre Santa Terezinha que lhe sorrira numa noite: "Mostra-me, Terezinha, o que eu devo fazer; se for para o mosteiro, serei o teu monge!" Reconfortado, pacificado, resolvido, bate na porta do mosteiro da Trapa de Getsemani. Fechada a porta após entrar, exclama: "Encontrava-me preso entre as 4 paredes da minha nova liberdade. Era livre. Pertencia a Deus e não a mim. E pertencer-lhe é ser livre!" Tornara-se o "Irmão LUIZ". Como tal, contribui para a conversão de seu irmão John-Paul, aviador, que em julho de 1942 recebe no mosteiro o batismo e a primeira comunhão e morreria, nove meses depois, numa incursão aérea. Merton pronuncia os primeiros votos de religião na festa de São Tomé, de 1942. Ao Irmão Luiz pergunta seu "sósia", o escritor: "Tê-lo-ei acompanhado na entrada no mosteiro?" "A sua vocação, tranquiliza-o o abade, é escrever. Os dons de Deus devem empregar-se na glória de Deus!". Terminados os estudos eclesiásticos, ordena-se padre em 1949. Tinha 35 anos. "A MONTANHA DOS SETE PATAMARES", história do escarpado da rocha por onde ele teve de serpear, exigiu-lhe múltiplos patamares. "Sósia do Homem-Deus, Thomas Merton consagra agora para sempre sua vida a orar e a escrever, para maior bem dos homens e maior glória de Deus. Encontrara afinal a paz em Cristo" (fim no próximo encontro).

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