segunda-feira, 15 de março de 2010

13 - MARÇO 15

13 e 15 de março são datas que anualmente me falam muito silenciosamente. No dia 15 de março recordo-me de LUIZA DE MARILLAC, A FUNDADORA COM SÃO VICENTE DE PAULO das outrora por antonomásia chamadas IRMÃS DE CARIDADE. Ela, 10 anos mais nova que o Pai da Caridade, veio ao mundo no dia 12 de agosto de 1591, tendo descansado no Senhor no dia 15 de março de 1660, sete meses antes de São Vicente (27 de setembro). O abade Gobillon, no processo de beatificacão de Vicente de Paulo, declarou que, depois da morte de Luiza de Marillac, e durante bastante tempo depois, São Vicente sentiu um perfume particular em volta do túmulo da cofundadora das Irmãs de Caridade e que as irmãs que iam rezar junto dele o sentiam do mesmo modo, levando-o consigo nos hábitos e impregnando com ele os salões dos doentes que elas atendiam. As primeiras Irmãs de Caridade, vindas de Paris para o Brasil, chegaram a Minas no ano de 1849. Cento e dois anos depois, em 1951, foram pousar na casa-mãe dos padres lazaristas brasileiros, isto é, no CARAÇA. Este acontecimento é poeticamente enaltecido e comemorado no livro 'GUIA SENTIMENTAL DO CARAÇA", edição de 1953, escrito pelo lazarista "SARNELIUS", pseudônimo do Padre PEDRO SARNEEL, C.M. Que nasceu na Holanda no dia 13 de março de 1883. Apenas ordenado sacerdote no dia 5 de junho de 1909, demandou as terras brasileiras onde aportou no dia 31 de agosto do mesmo ano. Seu primeiro campo de semear, plantar e colher para os celeiros celestes deu-se no Caraça. Entre nós passou todos os seus dias, falecendo no Rio de Janeiro no dia 3 de julho de 1963 no Hospital da Penitência. Como um dos que com ele conviveram, guardo admiração inesquecível e sadia amizade pela dedicação que devotou ao nosso país. Se alguém quiser conhecer o CARAÇA, aceite um conselho: adquira e leia o "GUIA SENTIMENTAL DO CARAÇA" escrito por SARNELIUS. Quando este livro acabou de imprimir-se em 1953, eis o que revela o autor da apresentação da segunda edição, de 2005, Padre Lauro Palú, C.M.: "Lembro-me de quando contou ( o Padre Sarneel) do telegrama que Antônio Jacinto lhe quis passar de Belo Horizonte ao Rio: "VENHA LAMBER A CRIA". Os correios, continua o Padre Lauro, não aceitaram o telegrama e chegou outro mais comportadinho...Quem não ficou nada comportado foi o Pe. Sarneel, numa alegria de criança feliz, com a edição magnífica do Guia Sentimental do Caraça".

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