quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

POR QUEM DOBRAM OS SINOS?

19/01/10: no centro de Porto Príncipe policiais mataram com um tiro na cabeça uma adolescente de 15 anos no telhado de uma loja da qual levava quadros espelhados; outros saqueadores passavam pelo corpo dela como se nada tivesse acontecido; testemunhas contaram que moradores chegaram a procurar moedas nos bolsos da roupa da jovem morta!
21/01/10: ex- marido em Minas mata mulher com 7 tiros dentro de um salão de beleza; tudo filmado!
Com que finalidade nossos canais televisivos põem no vídeo espetáculos dessa natureza, como se já não bastassem, no caso de Haiti, os sofrimentos muitos de tantos seres humanos, filhos de Deus como nós, ceifados uns pela morte, outros mais numerosos vitimados pelos desastres causados pela natureza dasalmada? São cenas chocantes, impressionantes, portadoras de mensagens nenhumas positivas, quer de natureza visual ou de natureza moral ou ética. Ao contrário, cenas capazes por si mesmas de inocularem nas consciências ainda em vias de formação ideias destruidoras das naturais inclinações de bondade, de retidão de caráter, muitas vezes em flagrante oposição ao que os responsáveis pela sua formação lhes vão pouco a pouco, por palavras e exemplos, apresentando, enquanto paralelamente e paulatinamente se lhes vão despertando os instintos positivos, dons divinos transmitidos pelos seus genitores.
Liberdade de expressão estaria acima, sobrepujaria o sentimento humano da solidariedade? Ou esta qualidade, ou virtude, ou seja lá o nome que se lhe queira dar, não terá mais em nossos dias o direito que nasce com o ser humano de presidir a todo e qualquer tipo de atividade que nos incumba exercer face aos nossos semelhantes, detentores dos mesmos direitos de que somos dotados? A solidariedade ou o espírito de solidariedade é violado toda vez que em nossas atitudes e atividades garroteamos e atiramos às baratas aquele princípio por nós tão frequentemente citado e apoiado mas tão frequentemente alvo da sola de nossos sapatos: "Homo sum! humani nihil a me alienum puto!" Sou humano, um ser racional, feito à imagem e semelhança divina, por isto mesmo tudo que diz respeito ao ser humano, seja ele de que raça for, deve me interessar responsavelmente!

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