quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

VIDA RELIGIOSA - VIDA MATRIMONIAL"

"VIDA RELIGIOSA" é a dos fiéis que abraçam os conselhos evangélicos da castidade, pobreza e obediência dentro dos quadros reconhecidos pela Igreja. ABAIXO o pensamento de THOMAS MERTON sobre VIDA MATRIMONIAL e VIDA RELIGIOSA: "Poderíamos compreender melhor a beleza da vocação religiosa ( da Vida Religiosa), se nos lembrássemos de que o CASAMENTO ( a Vida Matrimonial) é também uma VOCAÇÃO! A VIDA RELIGIOSA é uma forma especial de santidade, reservada comparativamente a poucos. O caminho ORDINÁRIO de santidade e de plenitude da vida cristã é o CASAMENTO. É no ESTADO CONJUGAL que em sua maioria os HOMENS e as MULHERES se tornarão SANTOS! E, no entanto, são tantos os CRISTÃOS a dizerem de si mesmos, por não terem sido chamados à vida religiosa: "Não tenho vocação alguma!" Que grande erro! Eles têm uma admirável vocação, tanto mais que ela (a vocação à vida conjugal) goza de uma relativa INDEPENDÊNCIA E IMUNIDADE AO FORMALISMO. Pois a sociedade que é a família vive muito bem por suas ESPONTÂNEAS LEIS INTRÍNSECAS. Ela não tem necessidade de regras e costumes codificados. O AMOR é a sua REGRA, e todos os seus costumes são a viva expressão duma profunda e sincera AFEIÇÃO. Em certo sentido, a vocação ao estado conjugal É MAIS DESEJÁVEL do que qualquer outra, graças ao fato de que é na VIDA DE FAMÍLIA QUE ESSA ESPONTANEIDADE, ESSE ESPÍRITO DE LIBERDADE E UNIÃO NA CARIDADE são tão facilmente acessíveis ao homem comum. O FORMALISMO e ARTIFICIALISMO que se insinuam nas COMUNIDADES RELIGIOSAS são dificilmente admitidos em família onde FORTES valores humanos triunfam das incursões da FALSIDADE. Os CASAIS deviam agradecer a Deus o fato de que essa vocação À VIDA MATRIMONIAL, com todas as responsabilidades e incômodos, é um certo e seguro meio de santificação que os protege de serem TORCIDOS ou RESSEQUIDOS por um CONVENCIONALISMO. Vivendo em íntima união com Deus, Criador e Fonte de vida, compreenderão melhor do que outros o mistério da sua infinita fecundidade de que eles têm o privilégio de participar. Criando FILHOS em circunstâncias difíceis, poderão, talvez, entrar mais fundo no mistério da PROVIDÊNCIA DIVINA do que outros que, POR SEU VOTO DE POBREZA, deviam TEORICAMENTE depender mais diretamente de Deus, mas que, DE FATO, jamais sentiram a angústia da INSEGURANÇA!" ("HOMEM ALGUMA É UMA ILHA", DE THOMAS MERTON, PP.154).

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