sábado, 5 de fevereiro de 2011

OS MÁRTIRES DE TIBHIRINE - ARGEL

Perto de Media, a 90 quilômetros de Argel, numa zona montanhosa, está situado o mosteiro trapista de TIBHIRINE, fundado em 1938. Os monges aí se consagram à oração e ao cultivo da terra que, nacionalizada em 1976, permite aos religiosos conservar a porção que podem cultivar. Em 14/12/1993 doze operários cristãos de origem croata que ali trabalhavam foram decapitados perto do mosteiro. Poucos dias depois, em 24/12/1993, um grupo armado do GIA (GRUPO ISLÂMICO ARMADO) invade o mosteiro, exigindo levar consigo o médico da comunidade, Irmão Lucas. O superior recusa o pedido, prometendo que ele estaria disponível para cuidar dos doentes que o procurassem. Na noite de 26/03/96, de madrugada, um grupo de 20 pessoas se apresenta no mosteiro. Dirige-se diretamente ao claustro e sequestram sete dos nove monges habitantes do mosteiro. Dois deles escaparam, por se acharem em outro quarto. No dia 30/04/1996 surge no consulado francês uma mensagem cassete com as vozes dos sete monges sequestrados e desaparecidos, juntamente com a promessa de trocá-los por prisioneiros. Por fim, no dia 21/05/1996, vem a público o comunicado de número 44, atribuído ao GIA, nos termos seguintes: "Decapitamos os sete monges conforme prometemos". No dia 02/06/1996 na igreja de Notre-Dame de Argel foram celebradas as exéquias dos sete monges assassinados. Entre 1994 e 1996 dezenove padres e religiosos, além do bispo de Oran, Pedro Claverie (01/08/1996) foram executados na Argélia. O mosteiro de TIBHIRINE abriga atualmente o monge Jean-Pierre, um dos dois sobreviventes da noite de 26/03/1996.

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