quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ICHTHUS = JESUS CHRISTUS DEI FILIUS

Falando das CATACUMBAS de Roma, julgo oportuno trazer ao conhecimento de todos um EPITÁFIO ou inscrição sobre a lápide do túmulo de um CRISTÃO de nome PECTÓRIO, descoberto em Autun em 1839, sem data precisa, mas seguramente um monumento dos primeiros séculos da era cristã. Eis alguns dos pensamentos nela esculpidos: "Raça divina do "ICHTHUS" celeste, recebe do Salvador dos Santos o alimento doce como o mel. Toma-o, come-o e bebe. Tua mão sustenta o "ICHTHUS". Divino "ICHTHUS", escuta minha prece, eu Te conjuro, Mestre e Salvador, que minha mãe repouse em paz! Aschandius, meu pai, a ti que tanto quero com amor filial, junto de minha doce mãe e de todos os meus, na paz do divino "ICHTHUS", lembra-te de PECTORIUS, teu filho" ("Histoire de l'Eglise", L.Marion, vol. 1, pp 315). Com certeza a palavra "ICHTHUS" lhes parece estranha, quando nos primeiros séculos do cristianimo era de uso bastante frequente. ÏCHTHUS", vocábulo grego, quer dizer em português "PEIXE". Claro que " as precárias condições em que se desenvolveu a arte cristã NOS 3 PRIMEIROS SÉCULOS NÃO PERMITIRAM EM ARQUITETURA PRIMORES ARTÍSTICOS OU DESENVOLVIMENTO DE ALGUM GÊNERO PRÓPRIO, apenas germes da arte que se desenvolveu em nossos templos. A Igreja, contudo, jamais foi contrária ao progresso das ciências ou das artes, uma vez que se enquadre esse progresso dentro dos limites retos da sã razão humana, inspirada e iluminada pelo espírito cristão. Assim, desde o início, não rejeitou as manifestações da arte, ao contrário amparou-as e procurou interpretá-las do espírito cristão". Muito natural, pois, que as primeiras manifestações da arte, dentro e fora das catacumbas, apresentassem peças arquitetônicas tomadas dos modelos pagãos e civis de Roma, no que patenteia a Igreja o seu espírito de largueza, sua repugnância pela intransigência, sem quebra dos ideais de sua fé. Ao lado, porém, e com grande aparato, figuravam as inscrições e imagens principalmente nas lápides que cobriam os túmulos e paredes. E uma das pinturas mais usuais era do "ICHTHUS", a do PEIXE. Porquê? Porque a expressão em latim "JESUS CRISTUS DEI FILIUS", e em grego, usando-se os caracteres de nossa língua: "ÏESÚS CRISTÓS TEOÚ UIÓS", permite-nos ver que as letras iniciais da expressão em grego formam a palavra grega "ICHTHUS"= peixe. Em resumo: I = IESUS; C = CRISTÓS; T = Teoú ( de Deus); U = Uiós (filho em grego). Está confuso, não? Conclua comigo e com o Pequeno Príncipe: "Nada é perfeito! "Ou com Camões, falando de nossa língua portuguesa nos Lusíadas: "E na língua na qual quando imagina, com pouca corrupção crê que é a latina". Finalizando: a imagem de Jesus Cristo era representada nas catacumbas pela figura do PEIXE. É o que até hoje ainda perdura em nossas igrejas.

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